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segunda-feira, 25 de abril de 2022
NAS MARGENS DE UM RIO
domingo, 24 de abril de 2022
CITAÇÃO
CITAÇÃO
O QUE SE PODE DIZER PODE SER DITO CLARAMENTE;
E AQUILO DE QUE NÃO SE PODE FALAR
TEM DE FICAR EM SILÊNCIO.
Ludwig Wittgenstein
sexta-feira, 22 de abril de 2022
quinta-feira, 21 de abril de 2022
quarta-feira, 20 de abril de 2022
terça-feira, 19 de abril de 2022
sábado, 16 de abril de 2022
sexta-feira, 15 de abril de 2022
quinta-feira, 14 de abril de 2022
quarta-feira, 13 de abril de 2022
terça-feira, 12 de abril de 2022
LOUÇA DE BISALHÃES
segunda-feira, 11 de abril de 2022
domingo, 10 de abril de 2022
CITAÇÃO
A VIAGEM DA DESCOBERTA CONSISTE
NÃO EM ACHAR NOVAS PAISAGENS,
MAS EM VER COM NOVOS OLHOS.
Marcel Proust
sábado, 9 de abril de 2022
LENDA: CABRAS SÃO SENHOR
A Lenda de Cabração
Após o recontro no Rêgo do Azar, quis D. Afonso Henriques voltear pelas montanhas próximas, caçando ursos e javalis. Convidou alguns poucos ricos-homens e infanções. Quando estavam no sítio que hoje se chama Cabração, apareceu muito açodado o Capelão das freiras de Vitorino das Donas, que à frente de moços com cestos pesados andava desde manhã à busca do real montador, com um banquete mandado do Mosteiro. Em boa hora vinha a refeição.
Estendeu-se na relva uma toalha de linho e sentados em troncos de carvalho cortados à pressa, começou o jantar. Alegre ia correndo. D. Nuno Soares por alcunha Nuno Velho o postrimeiro para diferença de seu avô, a quem também haviam chamado o Velho e cujas proezas ainda se recontavam em toda a terra da Cervaria, começou a trinchar um leitão assado.
- Parece-me que tens mais jeito para matar infiéis, - disse-lhe o Rei brincando. - Ai Real Senhor, antes eu ficasse morto com os últimos que matei, que desde essa refrega não passo um dia que me não lembre do momento em que o bom cavaleiro Gonçalo da Maia exalou o derradeiro suspiro encostado ao meu peito.
- Quisera eu ouvir da tua boca essa heróica morte do Lidador, interrompeu o Monarca triste, mas curioso. E o Senhor da Torre do Loivo obedeceu, com voz
pausada e lágrimas nos olhos.
Ia escurecendo o dia e era tão esquisita a coincidência de estar ali um punhado de homens, senão solenizando um aniversário, festejando uma vitória, que talvez um pressentimento apertasse o coração dos guerreiros. Atentos, escutavam silenciosos a narração. De golpe ergueu-se o Espadeiro e olhou fito para as bandas da Galiza.
- Que examinas D. Egas? - perguntou o Príncipe. - Vejo além muito ao longe um turbilhão de pó, que se aproxima. São talvez inimigos que procuram encontrar-nos descuidados.
De facto vagalhões de poeira negra encobriam multidão fosse do que fosse. O ruído do tropel era cada vez mais distinto.
- Sejamos prestes - gritou o Rei, cingindo o seu enorme espadão. Todos fizeram o mesmo. - Cavalgar, cavalgar; já não era outra a voz que se ouvia, enquanto cada um se dirigia para o lugar onde prendera o seu cavalo. O capelão olhou, escutou e sentou-se começando a comer aqui e além os deliciosos postres e bebendo aos goles pachorrentos um licor estomacal, resmungando.. - Deixa-los ir que voltam breve. Eu era capaz de apostar todo o mel deste monte, em como sei que inimigos são aqueles. E mais dizem que é mel igual ao do Himeto. A historia do Lidador é que lhes esquentou a cabeça.
Pouco depois voltavam os monteadores rindo à gargalhada. - Cabras são: - disse o rei ao apear-se, e, dirigindo-se ao padre: - bem fizestes vós que não
bulistes. E D. Afonso tomando um púcaro e enchendo-o de vinho num cangirão, acrescentou.
- Bebei todos, que estais muito quentes e podeis ter um resfriado, e dizei-me depois se não valeu a pena o engano para nos refrescarmos agora com este delicioso néctar.
Capelão, quero comemorar o caso de confundir rebanho de cabras com mesnada de leonezes e beneficiar o convento para vos honrar a vós que fostes, não sei se mais perspicaz, se mais valente do que nós debicando muito sossegadamente em todos os doces. Vou coutar aqui uma terra, para que as boas monjas possam de vez em quando apanhar bom ar da montanha e rir-se de nós.
Riscou-se o couto e nessa noite os cavaleiros dormiram na ermida da Senhora de Azevedo. O dito do Rei "Cabras são" corrompeu-se em Cabração.»
( Conde de Bertiandos, Cabras São, in Almanaque de Ponte de Lima, 1923. )
sexta-feira, 8 de abril de 2022
quinta-feira, 7 de abril de 2022
quarta-feira, 6 de abril de 2022
terça-feira, 5 de abril de 2022
A LOUÇA PRETA
“Bisalhães, em Portugal, é conhecida como “a terra dos produtores de potes e panelas” ou, mais especificamente, o local onde é produzido o barro preto. Executada com fins decorativos e para confeção dos alimentos, a prática tradicional encontra-se inscrita no brasão de armas da aldeia e constitui parte integrante da identidade da comunidade, sendo os antigos métodos ainda hoje utilizados para criar peças semelhantes às do passado. A produção de louça preta comporta vários passos. Primeiro, a argila é esmagada com um martelo de madeira num tanque de pedra antes de ser peneirada. Depois de acrescentar água, o barro é amassado, as várias partes da peça moldadas e a peça é alisada com um seixo e decorada com
diversos motivos. Finalmente, as peças são cozidas em fornos ao ar livre. A divisão do trabalho tem evoluído ao longo do tempo, sendo a preparação da argila atualmente executada pelos homens, enquanto as mulheres procedem à decoração. Além disso, a argila usada no processo é hoje proveniente de fábricas de telha locais em vez de ser extraída de poços. Transmitida quase exclusivamente através de laços de parentesco, o futuro da prática encontra-se em perigo devido a um número decrescente de artesãos, diminuto interesse das gerações mais novas para continuar a tradição e a procura generalizada de recipientes alternativos produzidos de forma industrial” (Comissão Nacional da Unesco).
domingo, 3 de abril de 2022
CITAÇÃO
A DESCOBERTA É VER O QUE
JÁ TODA A GENTE VIU MAS
PENSAR O QUE NINGUÉM PENSOU.
( Albert Gyorgyi )