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sexta-feira, 8 de março de 2013

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

© João Menéres


SEGREDO

Aqueles duros dias
e aquelas longas noites,
longos como agonias
e duras como açoites,
ainda às vezes revivo
nas carnes e na mente,
como ainda cativo,
de cólera fremente.

De horas, catorze centos,
cada uma sem fim.
Pensai os pensamentos
que sempre estão em mim.

( Alberto de Serpa / 1908-1992 / in Os Versos Secretos / 1958 )

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Breve nota sobre Alberto de Serpa



( Sanguínea , datada de 1929, de autoria de Carlos Carneiro )

Nascido no Porto, em 1906, frequentou durante três anos ( 1923-1926 )
a Faculdade de Direito em Coimbra.
Veio a colaborar com a revista Presença e, juntamente com Vitorino Nemésio,
fundou a Revista de Portugal.
Colaborou com diversas revistas e jornais brasileiros.
Autor de novelas, ensaios e poesia.
Por na poesia cantar o lirismo da vida do dia a dia,
deram-lhe, como rei fosse, o cognome, de
PRIMEIRO POETA PORTUGUÊS DE POESIA LIVRE.
Em conjunto com José Régio, publicou as antologias
POESIA DE AMOR
e
NA MÃO DE DEUS.

Quando casou, foi viver para a minha Leça da Palmeira, em 1932,
numa casa da Rua Direita, quase frontal ao colégio onde iniciei
a instrução primária. Cruzei-me com ele inúmeras vezes,
cumprimentando-o e trocando, até ao ano de 1964, (quando casei e vim para o Porto) as breves palavras que a diferença de idades, na altura permitia. 
Alberto de Serpa faleceu no Porto, no ano de 1992, por aqui estar internado num hospital.

Considero que últimamente tem sido injustamente esquecido.

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COMENTÁRIOS QUE MERECEM UM POST :


A propósito da nossa postagem de ontem,

a MARIA MANUELA, escreveu :


Começo a brotar folhinhas.
É o verde em azul céu...
E ainda trago umas gotinhas
Pois, há pouco, em mim choveu!...