© João Menéres
CASA NA CHUVA
A CHUVA, OUTRA VEZ A CHUVA SOBRE AS OLIVEIRAS.
NÃO SEI PORQUE VOLTOU ESTA TARDE
SE MINHA MÃE JÁ SE FOI EMBORA,
JÁ NÃO VEM À VARANDA PARA A VER CAIR,
JÁ NÃO LEVANTA OS OLHOS DA COSTURA
PARA PERGUNTAR : OUVES ?
OUÇO, MÃE, É OUTRA VEZ A CHUVA,
A CHUVA SOBRE O TEU ROSTO.
( Eugénio de Andrade, in Chuva Sobre o Rosto / 2009 )