© João Menéres
MAR DE MANHÃ
Que eu me detenha aqui. E que também eu veja um pouco a natureza.
De um mar da manhã e de um céu sem nuvens
Roxas cores brilhantes e margem amarela; tudo
belo e grande iluminado.
Que eu me detenha aqui. E que me engane para ver isto
( vi de verdade isto por um instante quando primeiro me detive );
e não aqui também os meus devaneios,
as minhas recordações, os modelos da volúpia.
( Konstandinos Kavafis, in Poemas e Prosas, pág. 49. Edições Relógio d'Água )