© João Menéres
TERRA ALENTEJANA
Cheguei a meio da vida já cansada
de tanto caminhar! Já me perdi!
Dum estranho país que nunca vi
sou neste mundo imenso a exilada.
Tanto tenho aprendido e não sei nada.
E as torres de marfim que construí
em trágica loucura as destrui
por minhas próprias mãos de malfadada!
Se eu sempre fui assim este Mar morto:
mar sem marés, sem vagas e sem porto
onde velas de sonhos se rasgaram!
Caravelas doiradas a bailar...
Ai quem me dera as que eu deitei ao Mar!
Cheguei a meio da vida já cansada
de tanto caminhar! Já me perdi!
Dum estranho país que nunca vi
sou neste mundo imenso a exilada.
Tanto tenho aprendido e não sei nada.
E as torres de marfim que construí
em trágica loucura as destrui
por minhas próprias mãos de malfadada!
Se eu sempre fui assim este Mar morto:
mar sem marés, sem vagas e sem porto
onde velas de sonhos se rasgaram!
Caravelas doiradas a bailar...
Ai quem me dera as que eu deitei ao Mar!
as que eu lancei à vida e não voltaram!...
Florbela Espanca
Nem moinhos, nem barcos - confesso que estava à espera deles, pelo título do poste...
ResponderEliminarMas, a menos que o meu ligeiro daltonismo me engane, estou a ver as cores da bandeira portuguesa. Só falta um chaparro, à foto, para a "griffe" alentejana se manifestar. Valha-nos a Florbela, que por Leça também andou...
Claro que a sua fotografia é muito interessante.
Continuação de uma boa quadra natalícia e os melhores votos para 2019!
Florbela. Há quem lhe chame muitos nomes. Quem a escalpelize e a insira em correntes. Eu gosto dela assim, alentejana a todo o pano. Que o resto me desinteressa.
ResponderEliminarMaravilha de Post !
ResponderEliminarPois,,, se as velas são de sonho neste imenso mar ...
Que poema, que foto, que sincronismo !...
Parabéns, João !
Beijinho, e que continue o espírito deste tempo de Natal.
A fotografia transporta-me a uma cabeça penteada, de risco ao meio, porventura Espanca estirada na planura alentejana para um soneto de sonho.
ResponderEliminarAbraço.
Beeeeemmmmmm, esta tua maré anda agitada! Ora em recolhimento,ora em ondas roliças de extremo bom gosto!
ResponderEliminarIa só poisar o olhar por este andamento mas decidi deixar as marcas das gavinhas!
Grata pelas tuas escolhas.
APS
ResponderEliminarInicialmente o título seria Terra bicolor, mas achei-o desenxabido.
E como o Alentejo não é só planura, daí à Florbela foi um instante.
Agradeço e retribuo com amizade os votos endereçados.
BEA
ResponderEliminarMuito me cativou o teu
Que o resto me desinteressa. !
Só por essa, valeu a postagem, caramba !
Um beijo a perdurar.
MARIA MANUELA
ResponderEliminarTambém gostei imenso de :
se as velas são de sonho neste imenso mar ...
Por vezes, à noite, sob pressão, as coisas arranjam-se...
É o bailado das palavras, Maria Manuela.
Um beijo amigo e grato.
AGOSTINHO
ResponderEliminarQuase 24 horas depois do maçarico do blogger me ter pedido de agradecer ontem...
E assim fica patente a atenção que dedica à observação das imagens, com essa visão da Espanca estirada na planura alentejana para um soneto de sonho.
Um obrigado e o abraço amigo.
LUÍSA
ResponderEliminarSó me faltava essa de ontem, Luísa.
Trabalhos que têm prazo de entrega e o blogger a fazer-me desesperar...
Ma, felizmente, tudo se resolveu durante a noite.
Um beijo e desculpa o atraso involuntário.
Sem problema! Bjnhs
EliminarBonita imagem, tanto da foto como do poema.
ResponderEliminarUma beleza. Tudo. Votos de Feliz Ano Novo ! :)
ResponderEliminar... e assim casaram poema e fotografia ...
ResponderEliminarVi logo que tinha que ser uma fotografia do João!
ResponderEliminarÉ sublime.
Beijinhos.:))
Adorei este mar luso... com vagas de portugalidade...
ResponderEliminarA imagem está um puro fascínio! Belo momento, João!
Beijinhos
Ana