Tenho inveja desta simplicidade rasteira, mas depois se calhar não há casa de banho em condições, nem colchões ortopédicos, nem camilhas com braseira...enfim, são lindas só por fora. No interior o simples dificulta a vida. E o mais das vezes as correntes que as habitam não são esse rio que imaginamos correndo em doce remanso. São águas subterrâneas e caudalosas que as flores da entrada não dizem. Ser humano é aquela coisa.
Gosto muito de casas baixas e caiadas. A dos meus avós traz-me boas recordações (adorava o sótão, por ex) e o pátio onde viviam era muito bonito, arranjado e cheio de flores. Agora (os meus avós já partiram há 25 anos) a casa está remodelada, moderna e puseram uma porta metalizada que acho feia. Gostava mais quando tinha as vidraças com o postigo. E, às vezes, tenho saudades do tempo em que as casas ficavam só no trinco. Beijinho, João e boa semana!
Muito obrigado por teres arranjado um tempinho para o Grifo Planante. No Algarve e no Alentejo há imensas casas caiadas de branco. É uma forma de não acumularem o intenso calor que no Verão é de matar !
Bem te entendo... Colchões ortopédicos não haverá, mas podes comprar... Camilhas com braseira ? - Também podes adquirir...
Quanto ao resto, Bea, estás muito pessimista hoje. Todos sabemos que a vida não é só um mar de rosas, pois espinhos sempre nos surgem no caminho para nos obrigarem a fazer exercício.
Onde me podia levar o teu comentário !... Sobre as portas e janelas de alumínio : Então se forem douradas... Obviamente que a madeira vai apodrecendo com o tempo... Mesmo madeiras tratadas. O ideal, digo eu, é serem de alumínio sem brilho e as janelas serem duplas ( não com vidro duplo ). Na Boavista tinha janelas e portas exteriores com vidro duplo. Mas as borrachas isolantes, com as diferentes variações de temperatura, fissuravam rapidamente e o ar entrava entrava para onde era suposto haver vácuo. Logo, os vidros ficavam manchados !... Agora, aqui, tenho as janelas duplas e as portas das varandas também. É uma diferença enorme, para melhor !
Já quanto ao tempo em que se deixava a chave no exterior da porta...já lá vai e não retorna mais ! E mais não digo, por conveniência...
Já vai sendo raro ver estas casas estendidas... na sua simplicidade caiada... e suas típicas chaminés... Reduzidas ao mínimo ? Será ? Talvez nem sempre, quando o turismo espreita... ou não só... Gosto da claridade da cal, da onda do telhado e da sombra do beiral... E da fachada florida... mimos que a casa merece e alegra o coração de quem lá vive... entre a porta e a janela... Gostei, João, gostei muito de ver pelo seu olhar esta casa algarvia. Beijinhos.:)
É com enorme prazer que te vejo por aqui. É uma pequena povoação, originariamente piscatória. Cabanas é o seu nome. Para que possas saber algo mais, transcrevo parte de um site : "O Parque Natural da Ria Formosa é uma das mais bonitas riquezas naturais do Algarve, tanto pela variedade dos seus habitats como pela sua singular localização. Recentemente eleita como uma 7 das Maravilhas Naturais de Portugal, é umas das três áreas protegidas que definitivamente deve visitar nas suas férias no Algarve. Trata-se de um sistema lagunar único e em permanente mudança, devido ao contínuo movimento de ventos, correntes e marés.
Classificada como Parque Natural desde 1987, tem uma área de cerca de 18 mil hectares, e encontra-se protegida do mar por cinco ilhas-barreira e duas penínsulas: a península do Ancão (que inclui a incorrectamente chamada Ilha de Faro), a Ilha da Barreta ou Deserta, como é mais conhecida, a Ilha da Culatra (onde se encontra o Farol de Sta Maria), a Ilha da Armona, a Ilha de Tavira, a Ilha de Cabanas e, finalmente, a Península de Cacela. Toda esta área de enorme beleza estende-se ao longo de 60 km da costa sotavento do Algarve pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António desde a península do Ancão até à praia da Manta Rota."
É sempre com enorme prazer que leio quanto escreves, e tão bem, a propósito daquilo que vou mostrando. Sim, tens razão : o apetite insaciável dos "investidores" no nosso turismo acabará por matar a galinha dos ovos de ouro. E não é só no Algarve, embora tenha sido aqui que tudo ( ou quase tudo ) arrasou de quanto era arquitectura popular e do seu encanto pela pureza e pela tranquilidade inerentes. Ainda há áreas preservadas, mas no sotavento algarvio foi um fartar vilanagem ( como na fantástica Praia da Rocha e noutras a barlavento ). Restam tão poucos casos, Maria Manuela !...
Infelizmente, cada vez são menos ! No interior de Portugal, vão-se salvando solares recuperados para o Turismo de Habitação. Caso contrário, o tempo se iria encarregando de os arrasar.
Quatro paredes caiadas Um cheirinho à alecrim Um cacho de uvas doiradas Duas rosas num jardim Um são josé de azulejo Mais o sol da primavera Uma promessa de beijos Dois braços à minha espera É uma casa portuguesa, com certeza! É, com certeza, uma casa portuguesa!
E viva Amália Rodrigues. Parabéns pela rica foto tão rica de detalhes. Abraços.
Uma fotografia de um conjunto visualmente "delicioso" e harmonioso. O pormenor das flores a embelezar todo o frontispício, o pormenor da casota do cão (pelo menos penso que seja), a brancura em contraste com as cores terra e os tons rosa... Enfim... Acho que é um lugar muito feliz. Um lugar onde vide gente muito feliz.
Uma delícia, estas casinhas... tão bem cuidadas... na medida das possibilidades dos seus donos... que as exibem com orgulho... adornando-as com esses pequeninos jardins floridos... que acrescentam ainda mais encanto... a esses pequeninos mundos mágicos... tão seus... Um olhar muito bonito, João! A imagem, está deveras harmoniosa e encantadora!... Para apreciar... e continuar a apreciar... Beijinhos Ana
... assim as vejo juntas ... quase diria tipo coral alentejano na inclinação ( porque de facto estão no já perto de Tavira ) ... aquele branco da cal lembra-me sempre os velhos anúncios dos detergentes no anos 60 , transbordando ternura florida ... piscando o olhar a quem passa e lembrando-lhes pelo ondulado do seu telhado que o mar é já ali ...
Ah, casas caiadas! Como gosto.
ResponderEliminarBeijo querido.
Tenho inveja desta simplicidade rasteira, mas depois se calhar não há casa de banho em condições, nem colchões ortopédicos, nem camilhas com braseira...enfim, são lindas só por fora. No interior o simples dificulta a vida. E o mais das vezes as correntes que as habitam não são esse rio que imaginamos correndo em doce remanso. São águas subterrâneas e caudalosas que as flores da entrada não dizem. Ser humano é aquela coisa.
ResponderEliminarGosto muito de casas baixas e caiadas. A dos meus avós traz-me boas recordações (adorava o sótão, por ex) e o pátio onde viviam era muito bonito, arranjado e cheio de flores. Agora (os meus avós já partiram há 25 anos) a casa está remodelada, moderna e puseram uma porta metalizada que acho feia. Gostava mais quando tinha as vidraças com o postigo. E, às vezes, tenho saudades do tempo em que as casas ficavam só no trinco.
ResponderEliminarBeijinho, João e boa semana!
Lindíssima composição!
ResponderEliminarAs flores parecem dizer "quem aqui vive é feliz!"
beijinho
Absolutamente típica da zona da serra.
ResponderEliminarLI
ResponderEliminarMuito obrigado por teres arranjado um tempinho para o Grifo Planante.
No Algarve e no Alentejo há imensas casas caiadas de branco.
É uma forma de não acumularem o intenso calor que no Verão é de matar !
Um beijo, querida LI.
BEA
ResponderEliminarBem te entendo...
Colchões ortopédicos não haverá, mas podes comprar...
Camilhas com braseira ?
- Também podes adquirir...
Quanto ao resto, Bea, estás muito pessimista hoje.
Todos sabemos que a vida não é só um mar de rosas, pois espinhos sempre nos surgem no caminho para nos obrigarem a fazer exercício.
Um beijo muito grato.
SANDRA
ResponderEliminarOnde me podia levar o teu comentário !...
Sobre as portas e janelas de alumínio : Então se forem douradas...
Obviamente que a madeira vai apodrecendo com o tempo...
Mesmo madeiras tratadas.
O ideal, digo eu, é serem de alumínio sem brilho e as janelas serem duplas ( não com vidro duplo ).
Na Boavista tinha janelas e portas exteriores com vidro duplo. Mas as borrachas isolantes, com as diferentes variações de temperatura, fissuravam rapidamente e o ar entrava entrava para onde era suposto haver vácuo. Logo, os vidros ficavam manchados !...
Agora, aqui, tenho as janelas duplas e as portas das varandas também.
É uma diferença enorme, para melhor !
Já quanto ao tempo em que se deixava a chave no exterior da porta...já lá vai e não retorna mais !
E mais não digo, por conveniência...
Um beijo, querida amiga.
GRAÇA
ResponderEliminarCurioso como na altura em que fotografei esta casa tive idêntico pensamento !
Um beijo muito grato.
JORGE
ResponderEliminar...embora esta esteja bem pertinho da Ria Formosa...
Hola, acabo de descubrir tu blog, y me quedo por aquí, viéndolo.
ResponderEliminarEsta imagen es una preciosidad, me recuerdan a esas casas andaluzas con las fachadas blancas, me parecen preciosas. ¿De dónde son?
Un beso.
Já vai sendo raro ver estas casas estendidas... na sua simplicidade caiada... e suas típicas chaminés...
ResponderEliminarReduzidas ao mínimo ? Será ? Talvez nem sempre, quando o turismo espreita... ou não só...
Gosto da claridade da cal, da onda do telhado e da sombra do beiral...
E da fachada florida... mimos que a casa merece e alegra o coração de quem lá vive... entre a porta e a janela...
Gostei, João, gostei muito de ver pelo seu olhar esta casa algarvia.
Beijinhos.:)
Casas caiadas e floridas. O melhor das pequenas cidades de Portugal.
ResponderEliminarMARIA
ResponderEliminarÉ com enorme prazer que te vejo por aqui.
É uma pequena povoação, originariamente piscatória.
Cabanas é o seu nome.
Para que possas saber algo mais, transcrevo parte de um site :
"O Parque Natural da Ria Formosa é uma das mais bonitas riquezas naturais do Algarve, tanto pela variedade dos seus habitats como pela sua singular localização. Recentemente eleita como uma 7 das Maravilhas Naturais de Portugal, é umas das três áreas protegidas que definitivamente deve visitar nas suas férias no Algarve. Trata-se de um sistema lagunar único e em permanente mudança, devido ao contínuo movimento de ventos, correntes e marés.
Classificada como Parque Natural desde 1987, tem uma área de cerca de 18 mil hectares, e encontra-se protegida do mar por cinco ilhas-barreira e duas penínsulas: a península do Ancão (que inclui a incorrectamente chamada Ilha de Faro), a Ilha da Barreta ou Deserta, como é mais conhecida, a Ilha da Culatra (onde se encontra o Farol de Sta Maria), a Ilha da Armona, a Ilha de Tavira, a Ilha de Cabanas e, finalmente, a Península de Cacela. Toda esta área de enorme beleza estende-se ao longo de 60 km da costa sotavento do Algarve pelos concelhos de Loulé, Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António desde a península do Ancão até à praia da Manta Rota."
Vem sempre que possas .
Um beijo.
MARIA MANUELA
ResponderEliminarÉ sempre com enorme prazer que leio quanto escreves, e tão bem, a propósito daquilo que vou mostrando.
Sim, tens razão : o apetite insaciável dos "investidores" no nosso turismo acabará por matar a galinha dos ovos de ouro.
E não é só no Algarve, embora tenha sido aqui que tudo ( ou quase tudo ) arrasou de quanto era arquitectura popular e do seu encanto pela pureza e pela tranquilidade inerentes.
Ainda há áreas preservadas, mas no sotavento algarvio foi um fartar vilanagem ( como na fantástica Praia da Rocha e noutras a barlavento ).
Restam tão poucos casos, Maria Manuela !...
Um beijo muito grato.
EDUARDO
ResponderEliminarInfelizmente, cada vez são menos !
No interior de Portugal, vão-se salvando solares recuperados para o Turismo de Habitação.
Caso contrário, o tempo se iria encarregando de os arrasar.
Simplicidade rara..
ResponderEliminarBeijinhos de segunda-feira ;-(
LUÍSA
ResponderEliminarEste é um exemplo da pura Arquitectura Popular Portuguesa !
Um beijo amigo.
Quatro paredes caiadas
ResponderEliminarUm cheirinho à alecrim
Um cacho de uvas doiradas
Duas rosas num jardim
Um são josé de azulejo
Mais o sol da primavera
Uma promessa de beijos
Dois braços à minha espera
É uma casa portuguesa, com certeza!
É, com certeza, uma casa portuguesa!
E viva Amália Rodrigues. Parabéns pela rica foto tão rica de detalhes. Abraços.
Tão lindas!
ResponderEliminarTambém prefiro pensar que quem lá vive é feliz!
Um beijinho:)
JOSÉ JAIME
ResponderEliminarMuito obrigado pela CASA PORTUGUESA e pelas restantes palavras do seu muito amável comentário.
Um abraço amigo.
ISABEL
ResponderEliminarE porque razão havias de pensar o contrário ?
Um beijo amigo e obrigado por comentares.
Uma fotografia de um conjunto visualmente "delicioso" e harmonioso. O pormenor das flores a embelezar todo o frontispício, o pormenor da casota do cão (pelo menos penso que seja), a brancura em contraste com as cores terra e os tons rosa...
ResponderEliminarEnfim... Acho que é um lugar muito feliz. Um lugar onde vide gente muito feliz.
REMUS
ResponderEliminarÉ a casota para o cão, sim senhor !
Estava a ver que não havia ninguém a reparar nela...
Tenho que ter muito cuidado consigo, pois não deixa escapar o que quer que seja !...
( Assim é que eu gosto dos comentadores atentos ! ).
Uma delícia, estas casinhas... tão bem cuidadas... na medida das possibilidades dos seus donos... que as exibem com orgulho... adornando-as com esses pequeninos jardins floridos... que acrescentam ainda mais encanto... a esses pequeninos mundos mágicos... tão seus...
ResponderEliminarUm olhar muito bonito, João!
A imagem, está deveras harmoniosa e encantadora!...
Para apreciar... e continuar a apreciar...
Beijinhos
Ana
ANA
ResponderEliminarNão tenho mais a acrescentar ao que comentaste.
Perfeita a interpretação,
Muito obrigado e...
...Um beijo.
... assim as vejo juntas ... quase diria tipo coral alentejano na inclinação ( porque de facto estão no já perto de Tavira ) ... aquele branco da cal lembra-me sempre os velhos anúncios dos detergentes no anos 60 , transbordando ternura florida ... piscando o olhar a quem passa e lembrando-lhes pelo ondulado do seu telhado que o mar é já ali ...
ResponderEliminarRASURAS
ResponderEliminarE há alguém que não vê, nem se deixa ver...
Destaco o seu " transbordando ternura florida ... piscando o olhar a quem passa e lembrando-lhes pelo ondulado do seu telhado que o mar é já ali ... "
Grande abraço.