© João Menéres
Pelos ramos do loureiro
vão duas pombas obscuras.
Uma delas era o sol
e a outra era a lua.
"Vizinhas, sabeis aonde
está a minha sepultura?""Nesta cauda", disse o sol.
"Nesta garganta", disse a lua.
E eu, que estava caminhando
com terra pela cintura,
vi duas águias de neve
e uma moça desnuda.
Uma delas era a outra
e a moça era nenhuma.
"Águias, sabeis aonde
está a minha sepultura?"
"Nesta cauda", disse o sol.
"Nesta garganta", disse a lua.
Pelos ramos do loureiro
vi duas pombas desnudas.
Uma delas era a outra.
As duas eram nenhuma.
(Poema CACIDA DAS POMBAS OBSCURAS, de Garcia Lorca)
Meu amigo, João!
ResponderEliminarA foto quase que com mar de prata e dois barquinhos, a terra e seu contorno fazem da foto à distância, nos dar a impressão que estamos sobrevoando isto tudo. Tão lindo!!!
Os dizeres de Lorca, são doces. Conversar com a Lua... a linda e romântica lua. A maior guardadora de segredos que já conhecemos! Por esta razão, ela brilha tanto, sabia? Ah, quantas vezes olhamos para ela e contamos dos nossos sonhos, amores, desejos ... É o sol e a lua...
Maravilhoso meu amigo! Simplesmente maravilhoso.
Muitas bjks e boa semana para a sua vida!
CON
Logo se vê que a água é uma das suas especialidades!
ResponderEliminarForte abraço
Buonos dies
ResponderEliminarPena que las barquitas nun seian moliceiros. Puonte de la Friopesca al çponer de l sol, adreitos a Ílhavo?
Abraço
Vim novamente te deixar uma bjk. Estou achando a blogsfera paradíssima hoje.
ResponderEliminarAi que marasmo!
Bj, CON
Fantásticos, a foto e o poema que a completa!
ResponderEliminarUm abraço,
Marie
CONCEIÇÃO DUARTE
ResponderEliminarA lua é a único corpo feminino capaz de guardar um segredo...
Teu comentário é, como habitual, cheio de preciosidades.
E que bem e com que facilidade escreves...
Todos os dias o teu contacto é um dos que não posso dispensar.
Um beijo.
EDUARDO
ResponderEliminarNasci junto ao mar, a escassos 400 metros deste nosso Atlântico.
Deve ser isso...
Um abraço.
BOIEIRO
ResponderEliminarEstas embarcações são bem mais frágeis do que os moliceiros.
Por isso, emprestam outra poesia à imagem na qual sentimos a nortada bem fria de um fim de dia invernoso.
Confirmo a ponte, claro.
Um abraço.
CONCEIÇÃO DUARTE
ResponderEliminarTambém estranho o facto...
Terá havido alguma colisão na estratosfera?
Sabes se morreu muita gente?
Obrigado, Amiga.
MARIE
ResponderEliminarMuito obrigado pela visita e pelo comentário.
Para pessoas assim é que continuo nesta árdua tarefa.
Para mim, não precisava, não é?
Um beijo
...e assim navego...à deriva no teu olhar...
ResponderEliminarJoão, que coisa mais lerda, lenta, desagradável, chega a ser desumano. Olha aqui meu amigo, se morreu muita gente, ainda nem tivemos o direito de saber, pois nos esqueceram de vez! Viche! Ô Coisa parada, rapaz! rsrsrsr
ResponderEliminarLindo vc!
Bjinhozinhos
CON
L.REIS
ResponderEliminarEntão que os meus olhos, mesmo cansados, não deixem de ver os caminhos que sempre encontraram.
Coisa linda que escreveste aqui ...
Coisas lindas que escreves...
E que coisas fantásticas que fotografas...
E o modo como as fotografas...
E o que nos mostras...
Um beijo.
Esta matou-me. Estou quase a desistir de fazer fotografia!
ResponderEliminarCONCEIÇÃO DUARTE
ResponderEliminarAssisti em directo (considerando a velocidade da luz) à colisão lá em cima.
Está descansada. Nada de muito grave. Apenas uns arranhões de somenos.
Imagina que as ambulâncias nem foram para o local...
Um beijo para quem entende.
Delicioso jornal de artes amigo, eu que sou da beira litoral, Vila da Feira, apreciei a foto e o texto.
ResponderEliminarabraços
fernando
FERNANDO OLIVEIRA
ResponderEliminarUm abraço por considerar este blog um "delicioso jornal de artes".
Grande e apreciado elogio que me dirige.
Estou muito grato por isso.
Linda fotografia, como sempre e com linda poesia para acompanhar. Abraço.
ResponderEliminarJoão Meneres
ResponderEliminarSua foto cor de terra, que nem permitiu ao mar ser azul, é de uma beleza agressiva! É linda!
Sua ligação com o mar, para mim é natural, porque já a conhecia, através dos meus parentes maternos.
Sou descendente de portugueses, pelos quatro costados, mas vivi mais com a família materna, que é do Distrito de Coimbra, minha mãe nasceu em Mira, terra de pescadores. Todos eles amam loucamente o mar e por ali se orgulham da Barrinha, de água doce, que lá está ao lado do Atlântico.
Eu cá tenho muito respeito por ele, mas ao ver suas fotos, tenho vontade de lá ir molhar os pés, ao menos! Se bem que num canto marinho tão deserto como esse, arriscaria um bikinininho qualquer para mergulhar mesmo. Estamos aqui com muito calor! Seria tão bom termos esse seu mar agora aqui pertinho!
Abraços
Coisa mais bela...
ResponderEliminarJoão!Que maravilha!Percebe-se que o solo é pedregoso e a água prateada parece querer disfarçar isso...Como paisagem tão bela pode ter solo de pedra?Rsrsrs!
ResponderEliminarE o poema é de uma doçura...
Seus olhos são fantásticos para captar o cenário certo,a câmera é só uma auxiliar!
Beijos!Sonia Regina
.........JOão, continua a nossa historinha de hoje, no coments novo, quente, vermelho, da sua foto do dia 10!
ResponderEliminarAHAHAHAHAHH bjs CON
A foto esta lindíssima e o poema de Garcia Lorca delicioso...entre o diálogo entre o sol e a lua e esta imagem, passamos um momento maravilhoso aqui no teu blog.
ResponderEliminarAbraços.
DONA SRª. URTIGÃO
ResponderEliminarTuas palavras são sempre muito amáveis.
Agradeço também, claro está, a visita.
AIDINHA
ResponderEliminarO seu comentário foi lido com especial carinho.
Com que então a CONCEIÇÃO DUARTE é sua filhota !!!
Longe de imaginar.
Duplo prazer.
Agora sei de onde vem aquele jeito da CON, com desenvoltura e graça !
A Aidinha transmitiu tudo isso e ela tratou de cultiva extremamente bem.
O problema da água aqui é a temperatura dela. Os tornozelos até doem. Já não se lembra?
Dois ou três dias por ano, a temperatura da água aqui no Norte suporta-se. O resto do tempo há que fugir para outras paragens!
Beijo grande, AIDINHA e muito obrigado pelo seu gostoso comentário.
MENINA do MAR
ResponderEliminarCoisa mais bela...
Não há, pois não?
Então vou fechar o quiosque ou colocar na montra outras coisas mais leves.
É. É isso mesmo que vou fazer!
Queres apostar ?
Anda cá no dia 11 e logo vês.
Um beijo e obrigado por tudo quanto hoje me contaste.
SONIA REGINA
ResponderEliminarDesculpa, mas não posso deixar quem quer que seja induzida num engano, embora natural.
Isto que está na imagem é um braço da Ria de Aveiro.
A maré estava vaza. É areia o fundo. Tem aquelas rugosidades próprias de fundos baixos e do movimento das marés conjugado com o vento.
Era um fim de tarde de inverno e, com o vento, bem frio.
Já que não sei pintar (de 4 filhos, fui o único que com as mãos não ganhava a vida...)sirvo-me de outros meios, de outros processos.
Muito obrigado por continuares a gostar de vir até aqui.
Aprecio pessoas como tu em que se nota que têm mesmo prazer em ver e ler.
Um beijo.
CONCEIÇÃO DUARTE
ResponderEliminarAs pessoas ficaram cansadas de sentir a obrigação aparente de dizer bem.\Depois, eu também não consigo visitá-las.
É natural o silêncio.
Eu vou aliviar...
Aliás, o blog não é de Fotografia e, MUITO MENOS, de pretensa arte fotográfica.
O cabeçalho o diz.
Tenho outras preferências, outros gostos, outras necessidades.
MARIA AUGUSTA
ResponderEliminarO trabalho e o gosto que tenho com este blogue é por haver várias pessoas que apreciam muito do que aqui edito e o afirmarem de um modo transparente.
Continuarei, na medida do possível, a tentar merecer comentários como este teu.
Um beijo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarOlá Menéres
ResponderEliminarObrigada pelas palavras elogiosas que me unem a minha filha.
Então ainda não tinha percebido!
Desde a primeira vez que a ouvi falar o seu nome, veio carregado de admiração,
de entusiasmo e encanto, que impossível ouvi-la e ficar indiferente.
Sabe agora, que minha primeira visita foi estimulada por esse afeto que ela tem por você e por tudo o que você faz no seu Grifo Planante, que me contagiou. Logo constatei que ela tinha razão, seu espaço é um encanto mesmo!
Pois é meu amigo, há aqui neste grupo que vocês formam, uma turma que passa a ser quase ”guru” de muitos de nós. Transformaram-se em verdadeiros paradigmas da rede, que com essa condição, alem de se preocuparem com o seu trabalho, assumiram, sem querer uma responsabilidade a mais.
Mas isso tudo é muito bonito, porque na verdade vocês tem mesmo muito a dar.
Por tudo, mais uma vez obrigada e o meu grande abraço.
AIDINHA
ResponderEliminarPeço desculpa de só agora agradecer (e muito sensibilizado) suas palavras tão generosas, tão elogiosas e tão amigas.
Eu nem quer crer que seja eu o destinatário delas...
O Grifo Planante, amiga AIDINHA, não tem pretensões.
Construo-o com bastantes horas de trabalho, mas com um prazer imenso.
Aliás, o grifo vive dos comentários que aqui são deixados.
Sabendo (e parece que sei) que há umas quantas pessoas, na França, Itália, Portugal e Brasil inteiros, Espanha que me visitam diariamente deixando comentários dialogantes, autênticas cadeias de escritas, tudo está sobejamente compensado.
Um enorme beijo, AIDINHA.
João Menéres,
ResponderEliminarClaro que o comentário é para si. Não me enganei, não.
Você é um dos da cúpula dos “Gurus”!
Quem mais o mereceria?
Bjos
Aidinha