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segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

FERRUGEM

© João Menéres



PARA ESTA IMAGEM 
ESCOLHEMOS UMA POESIA
DA GRAÇA PIRES
( DO BLOG ortografiadoolhar.blogspot.com )

 E QUE ESTÁ INCLUÍDO NO SEU LIVRO

FUI QUASE TODAS AS MULHERES DE MODIGLIANI

EDITADO EM 2017 POR

POÉTICA EDIÇÕES 

NU ADORMECIDO

ESTAVA DEITADA À TUA ESPERA.

VINHAS SEMPRE AO FIM DA TARDE
QUANDO OS ENCONTROS FORTUITOS
TÊM UM INTENSO PERFUME
DE ROSAS E DE NARDOS,
E A NEUTRALIDADE DAS SOMBRAS
NÃO MANCHA O PANO CLANDESTINO
DE UM ASSÉDIO MIL VEZES CONSENTIDO.

ALGUÉM, AO LONGE, TRAUTEAVA
UMA VELHA CANÇÃO,
EM REPETIDA E SOLITÁRIA LITANIA.

ERA VERÃO. A LUZ, MUDANDO A CADA INSTANTE,
DAVA AO MEU CORPO DESNUDO CORES DIVERSAS.

ANOITECI QUANDO UMA ARAGEM CÁLIDA ME
ENVOLVEU.


32 comentários:


  1. Tão realista esta ferrugem... como belíssimo o poema que ela ilustra !...

    Bj e um Bom Dia, João.

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  2. MARIA MANUELA

    Pareceu-me que a superfície que aqui mostro poderia ir bem com a poesia da Graça Pires.
    E como a luz estava propícia e era um fim de tarde.
    Fortuito foi deparar-me com este pormenor quando fotografava de muito longe o Terminal de Passageiros de Leixões.
    E assim acontecem imagens.


    Um beijo muito amigo e igualmente muito grato.

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  3. Quando há sensibilidade e bom gosto tudo fica PERFEITO! BJ

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  4. GRACINHA

    Muito obrigado por comentário tão elogioso !
    Vou ter que o repartir com a Graça Pires, obviamente.

    Um beijo grato e amigo.

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  5. ANAS IMTIAZ

    Thank you VERY MUCH !

    Best regards.

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  6. ARTHUR CLARO

    Agradeço o amável comentário.

    Abraço.

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  7. Parabéns à Graça Pinto que entretece as palavras com arte. Não entendi por que razão o poema rima com ferrugem, mas isto sou eu que vejo mal:).

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  8. BEA

    Tudo é figurado, Bea...
    A imagem é um pormenor de um molhe ( o corpo ).
    O pano clandestino é a ferrugem.
    O alguém que trauteia ao longe é o marulhar.
    A litania é a prece que dirigimos.
    O corpo desnudo não o vês porque a ferrugem o cobriu.

    Mas isto é a minha interpretação !

    Um beijo amigo e obrigado por colocares a questão.

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  9. Quanta beleza plana por aqui!
    Não ha ferrugem que esconda a beleza das palavras quando tecidas a preceito.
    E tu, amigo meu das mil e uma belas fotos, em que porão encontraste a ferrugem?
    Bjnhs minhotos

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  10. LUÍSA

    Foi num livro oferecido por ocasião do meu 84º aniversário por uma amiga blogueira.
    Não conhecia a autora e já sou seu SEGUIDOR.
    Logo o folheei e li este ao acaso.
    E fui chercher uma imagem que desse para vestir tanta beleza.

    Numa parede ao pé do Castelo do Queijo, Luísa.


    Um beijo e muito obrigado.

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  11. Algo me dizia, que o João, iria ficar fã, dos maravilhosos e profundos trabalhos da Graça...
    Adorei este "corpo", que o João achou... e que se vai desnudando... e revelando, a sua verdadeira essência... ao sabor das emoções, das circunstâncias e do tempo... e que tão bem casou, com esta belíssima inspiração da Graça... Graça PIRES... falta apenas emendar ali, no começo do post... :-) deve ter escapado, ao João... mesmo antes do endereço do blogue...
    Peço desculpa, por só agora passar por aqui, João... mas hoje estive todo o dia off-line... e depois de uma consulta de oftalmologia, meio tardia, da minha mãe... aproveitou-se o final do dia, para ela distrair os olhos... com umas compritas de Natal... :-D
    Pelo que hoje só bem tarde, deu para passar por aqui... amanhã, já com mais tempo, virei apreciar os posts anteriores... que se me escaparam no fim de semana...
    Beijinho
    Ana

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  12. Belíssimo poema a acompanhar uma belíssima foto.

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  13. Gosto imenso deste género de fotos, diria que minimalistas, mas onde transparece muita beleza.
    O poema foi uma excelente escolha

    Beijos João

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  14. ANA FREIRE

    Mas quem fica indiferente ao rito poético da Graça Pires ?
    Era bem fácil saberes de antemão quanto eu ia apreciar !
    Tu foste uma das pessoas que interpretou correctamente o diálogo da FERRUGEM e do NU ADORMECIDO e isso satisfez-me imenso, como calculas.

    Quanto ao erro, melhor é não falar mais nisso.
    Só espero é que a Graça Pires não tenha tomado conhecimento.

    Um beijo muito amigo e grato uma vez mais.

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  15. PEDRO COIMBRA

    Pela parte que me toca, o MEU OBRIGADO.

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  16. MANU

    E dispondo de tempo ( coisa mais rara ) é uma das coisas que me satisfaz plenamente :
    O encontrar um poema para uma imagem ( ou vice-versa ).

    Muito obrigado, Manu, pelo tua apreciação.

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  17. Esta é a primeira vez que vejo a desgraça da ferrugem ser homenageada por um poema. Mas ficou bem, como diria o querido amigo Jorge Pinheiro

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  18. Ora essa, João... lapsos acontecem, e caso a Graça reparasse, certamente nem levaria nada a mal...
    Consegue comentar, no blogue da Graça? É que actualmente, quando nos tornamos seguidores de outro blogue... se não deixarmos comentário, o blogue que seguimos, continua sem ter forma de nos contactar, a nós... é ilógico, mas é assim que o Google Friend Connect está a funcionar... :-(
    Beijinhos
    Ana

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  19. ANA FREIRE

    Julgo que já comentei...
    Tem sido uma semana muito atarefada e sem o tempo do costume para os blogues.
    Veremos o que posso fazer.

    Um beijo e obrigado.

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  20. ... como a imagem se colou à poesia ... ou esta à imagem ... existem paixões assim borbulhantes enferrujadas ...mas sempre paixões ...

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  21. RASURAS

    Mesmo que um tornado tudo arraste, não é ?
    Depois fica a caliça para varremos para debaixo do tapete e a vida continuará.

    Grande e amigo abraço.

    ( Não esquecerei a prometida combinação ! )

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  22. Muito interessante um bloco de ferrugem a ilustrar este poema meu. Há um corpo propício à clandestinidade e ao assédio consentido. É como se um momento suspeito, estivesse a acontecer ao som da litania e do entardecer… A ferrugem ocultará ou revelará tudo isso?
    Fiquei contente por ter gostado do livro e deste poema.
    Obrigada pelas palavras que deixou no meu "Ortografia". Passarei aqui outras vezes.
    Um abraço.


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  23. GRAÇA

    Então não estás em desacordo com a escolha da imagem, pois não ?
    Fico imensamente feliz !
    Por todas as razões e mais uma.

    Um beijo e muito parabéns ( e peço o favor de me avisares quando publicares um novo livro. Não demores muito porque já vou nos 84 outonos desta vida ! ).

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