© João Menéres
PARA ESTA IMAGEM
ESCOLHEMOS UMA POESIA
DA GRAÇA PIRES
( DO BLOG ortografiadoolhar.blogspot.com )
E QUE ESTÁ INCLUÍDO NO SEU LIVRO
FUI QUASE TODAS AS MULHERES DE MODIGLIANI
EDITADO EM 2017 POR
POÉTICA EDIÇÕES
NU ADORMECIDO
ESTAVA DEITADA À TUA ESPERA.
VINHAS SEMPRE AO FIM DA TARDE
QUANDO OS ENCONTROS FORTUITOS
TÊM UM INTENSO PERFUME
DE ROSAS E DE NARDOS,
E A NEUTRALIDADE DAS SOMBRAS
NÃO MANCHA O PANO CLANDESTINO
DE UM ASSÉDIO MIL VEZES CONSENTIDO.
ALGUÉM, AO LONGE, TRAUTEAVA
UMA VELHA CANÇÃO,
EM REPETIDA E SOLITÁRIA LITANIA.
ERA VERÃO. A LUZ, MUDANDO A CADA INSTANTE,
DAVA AO MEU CORPO DESNUDO CORES DIVERSAS.
ANOITECI QUANDO UMA ARAGEM CÁLIDA ME
ENVOLVEU.
ESTAVA DEITADA À TUA ESPERA.
VINHAS SEMPRE AO FIM DA TARDE
QUANDO OS ENCONTROS FORTUITOS
TÊM UM INTENSO PERFUME
DE ROSAS E DE NARDOS,
E A NEUTRALIDADE DAS SOMBRAS
NÃO MANCHA O PANO CLANDESTINO
DE UM ASSÉDIO MIL VEZES CONSENTIDO.
ALGUÉM, AO LONGE, TRAUTEAVA
UMA VELHA CANÇÃO,
EM REPETIDA E SOLITÁRIA LITANIA.
ERA VERÃO. A LUZ, MUDANDO A CADA INSTANTE,
DAVA AO MEU CORPO DESNUDO CORES DIVERSAS.
ANOITECI QUANDO UMA ARAGEM CÁLIDA ME
ENVOLVEU.
ResponderEliminarTão realista esta ferrugem... como belíssimo o poema que ela ilustra !...
Bj e um Bom Dia, João.
MARIA MANUELA
ResponderEliminarPareceu-me que a superfície que aqui mostro poderia ir bem com a poesia da Graça Pires.
E como a luz estava propícia e era um fim de tarde.
Fortuito foi deparar-me com este pormenor quando fotografava de muito longe o Terminal de Passageiros de Leixões.
E assim acontecem imagens.
Um beijo muito amigo e igualmente muito grato.
Quando há sensibilidade e bom gosto tudo fica PERFEITO! BJ
ResponderEliminarGRACINHA
ResponderEliminarMuito obrigado por comentário tão elogioso !
Vou ter que o repartir com a Graça Pires, obviamente.
Um beijo grato e amigo.
ANAS IMTIAZ
ResponderEliminarThank you VERY MUCH !
Best regards.
ARTHUR CLARO
ResponderEliminarAgradeço o amável comentário.
Abraço.
Parabéns à Graça Pinto que entretece as palavras com arte. Não entendi por que razão o poema rima com ferrugem, mas isto sou eu que vejo mal:).
ResponderEliminarBEA
ResponderEliminarTudo é figurado, Bea...
A imagem é um pormenor de um molhe ( o corpo ).
O pano clandestino é a ferrugem.
O alguém que trauteia ao longe é o marulhar.
A litania é a prece que dirigimos.
O corpo desnudo não o vês porque a ferrugem o cobriu.
Mas isto é a minha interpretação !
Um beijo amigo e obrigado por colocares a questão.
Quanta beleza plana por aqui!
ResponderEliminarNão ha ferrugem que esconda a beleza das palavras quando tecidas a preceito.
E tu, amigo meu das mil e uma belas fotos, em que porão encontraste a ferrugem?
Bjnhs minhotos
LUÍSA
ResponderEliminarFoi num livro oferecido por ocasião do meu 84º aniversário por uma amiga blogueira.
Não conhecia a autora e já sou seu SEGUIDOR.
Logo o folheei e li este ao acaso.
E fui chercher uma imagem que desse para vestir tanta beleza.
Numa parede ao pé do Castelo do Queijo, Luísa.
Um beijo e muito obrigado.
Algo me dizia, que o João, iria ficar fã, dos maravilhosos e profundos trabalhos da Graça...
ResponderEliminarAdorei este "corpo", que o João achou... e que se vai desnudando... e revelando, a sua verdadeira essência... ao sabor das emoções, das circunstâncias e do tempo... e que tão bem casou, com esta belíssima inspiração da Graça... Graça PIRES... falta apenas emendar ali, no começo do post... :-) deve ter escapado, ao João... mesmo antes do endereço do blogue...
Peço desculpa, por só agora passar por aqui, João... mas hoje estive todo o dia off-line... e depois de uma consulta de oftalmologia, meio tardia, da minha mãe... aproveitou-se o final do dia, para ela distrair os olhos... com umas compritas de Natal... :-D
Pelo que hoje só bem tarde, deu para passar por aqui... amanhã, já com mais tempo, virei apreciar os posts anteriores... que se me escaparam no fim de semana...
Beijinho
Ana
Belíssimo poema a acompanhar uma belíssima foto.
ResponderEliminarGosto imenso deste género de fotos, diria que minimalistas, mas onde transparece muita beleza.
ResponderEliminarO poema foi uma excelente escolha
Beijos João
ANA FREIRE
ResponderEliminarMas quem fica indiferente ao rito poético da Graça Pires ?
Era bem fácil saberes de antemão quanto eu ia apreciar !
Tu foste uma das pessoas que interpretou correctamente o diálogo da FERRUGEM e do NU ADORMECIDO e isso satisfez-me imenso, como calculas.
Quanto ao erro, melhor é não falar mais nisso.
Só espero é que a Graça Pires não tenha tomado conhecimento.
Um beijo muito amigo e grato uma vez mais.
PEDRO COIMBRA
ResponderEliminarPela parte que me toca, o MEU OBRIGADO.
MANU
ResponderEliminarE dispondo de tempo ( coisa mais rara ) é uma das coisas que me satisfaz plenamente :
O encontrar um poema para uma imagem ( ou vice-versa ).
Muito obrigado, Manu, pelo tua apreciação.
Esta é a primeira vez que vejo a desgraça da ferrugem ser homenageada por um poema. Mas ficou bem, como diria o querido amigo Jorge Pinheiro
ResponderEliminarEDUARDO
ResponderEliminarÉ POESIA, Eduardo !
Ora essa, João... lapsos acontecem, e caso a Graça reparasse, certamente nem levaria nada a mal...
ResponderEliminarConsegue comentar, no blogue da Graça? É que actualmente, quando nos tornamos seguidores de outro blogue... se não deixarmos comentário, o blogue que seguimos, continua sem ter forma de nos contactar, a nós... é ilógico, mas é assim que o Google Friend Connect está a funcionar... :-(
Beijinhos
Ana
ANA FREIRE
ResponderEliminarJulgo que já comentei...
Tem sido uma semana muito atarefada e sem o tempo do costume para os blogues.
Veremos o que posso fazer.
Um beijo e obrigado.
... como a imagem se colou à poesia ... ou esta à imagem ... existem paixões assim borbulhantes enferrujadas ...mas sempre paixões ...
ResponderEliminarRASURAS
ResponderEliminarMesmo que um tornado tudo arraste, não é ?
Depois fica a caliça para varremos para debaixo do tapete e a vida continuará.
Grande e amigo abraço.
( Não esquecerei a prometida combinação ! )
Muito interessante um bloco de ferrugem a ilustrar este poema meu. Há um corpo propício à clandestinidade e ao assédio consentido. É como se um momento suspeito, estivesse a acontecer ao som da litania e do entardecer… A ferrugem ocultará ou revelará tudo isso?
ResponderEliminarFiquei contente por ter gostado do livro e deste poema.
Obrigada pelas palavras que deixou no meu "Ortografia". Passarei aqui outras vezes.
Um abraço.
GRAÇA
ResponderEliminarEntão não estás em desacordo com a escolha da imagem, pois não ?
Fico imensamente feliz !
Por todas as razões e mais uma.
Um beijo e muito parabéns ( e peço o favor de me avisares quando publicares um novo livro. Não demores muito porque já vou nos 84 outonos desta vida ! ).
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