Desculpa, Amigo, mas não vejo só isolamento, não vejo apenas solidão, não vejo, sequer, abandono. Vejo amargura, vejo tristeza - aquele olhar, a posição das mãos, o garfo enfiado na gabardine - (aumentei muito a imagem, sim!) - vi tudo isso em pormenor e o que fica, João, o que fica é a imagem da tristeza personificada. Tudo isto são sinónimos? Perdoar-me-ás, mas não, não são!
Belíssima fotografia, esta! Muito sinceramente, um grande, grande OBRIGADA por mais esta bela partilha.
Eu não tinha dado conta do garfo ! Fico muito satisfeito por teres ampliado (significa que estavas mesmo empenhada em analisar esta minha imagem ). Provavelmente utilizava-o para meter à boca qualquer coisa trazida de casa... Não morava longe deste sítio. Tens toda razão : há AMARGURA, há TRISTEZA... Adivinharia ele que o seu fim não demoraria muito ?
Um beijo gratíssimo pelo teu comentário desejo-te um bom Domingo ( mesmo que o bom tempo não surja ).
Este senhor não é o Lobo do Mar? Ninguém sabe retirar das palavras, tudo o que elas têm para dar, como a Agustina Bessa Luís. Do mesmo modo, nesta fotografia foi tudo aproveitado, e muito bem, até ao mais infímo pormenor. Curiosamente nada nela me transmite sentimentos negativos, não sei se por causa da Agustina, que sabe da inevitabilidade de um tempo para além do tempo, ou se por ter quase a certeza que este é "O Lobo do Mar"e assim sendo, um homem que nunca estará só...isolado talvez, mas nunca só, pois terá sempre as marés por companhia. E nós, mesmo sabendo que a luta com a vida está sempre perdida, teimamos em ser gente por entre a pedra fria dos dias.
Cansado da vida... frustrado mesmo, sonhador que foi de sonhos não realizados... parece perguntar-se... valeu a pena o que fiz, a que me dediquei ? Não obstante o desalento, a solidão de alma... a fronte continua digna e talvez continue pensando...resta-me sobreviver... aproveitar esta luz que me envolve e aquece, este chão que piso e me conhece e... olhar e ouvir o mar como sempre...
Em fase de balanço à vida, como tanta gente, independentemente das circunstâncias...
O rosto é inesquecível !... O verdadeiro sentimento que para mim ele revela é o do conformismo face à realidade da vida ter um fim. Não aguardo com ansiedade esse momento, em que entre tábuas, as pedras frias me acolherão.
Muito obrigado pelo teu comentário, Isabel. Antigamente, eu precisava de viver permanentemente no meio de muita gente. Agora, todavia, tal circunstância muito me fatiga. A blogosfera não me fatiga, pelo contrário.
Sou obrigado a salientar a tua análise, face à minha total concordância com cada palavra tua : Cansado da vida... frustrado mesmo, sonhador que foi de sonhos não realizados... parece perguntar-se... valeu a pena o que fiz, a que me dediquei ? Não obstante o desalento, a solidão de alma... a fronte continua digna e talvez continue pensando...resta-me sobreviver... aproveitar esta luz que me envolve e aquece, este chão que piso e me conhece e... olhar e ouvir o mar como sempre...
Em fase de balanço à vida, como tanta gente, independentemente das circunstâncias...
Uma fotografia que resulta muito bem, principalmente devido ao formato panorâmico que lhe deu. A proporcionalidade do enquadramento, com todo o espaço negativo do lado esquerdo, foi uma aposta ganha. Belo trabalho!
Em breve deixarei uma imagem sobre o tema solidão, lá no meu canto... mas em nada que se pareça com esta... que retrata a mesma, de uma forma notável! Uma perspectiva belíssima... com a luz acariciando o rosto... de alguém, que parece ter conhecido, o lado menos doce da vida... Belíssimo trabalho, João! Deixo um beijinho!... E amanhã estarei de volta, por aqui, vendo os restantes posts, que se me escaparam, nas últimas semanas! Ana
Magnífica.
ResponderEliminarE o preto e branco, para mim, é sempre, quando de qualidade, uma perdição...
Um bom fim-de-semana.
APS
ResponderEliminarMuito obrigado pela visita e comentário a esta imagem.
Um abraço ( num dia já cinzento ).
O bom fotógrafo trabalha com imagens coloridas e com as fantásticas em P&B. Esta é uma delas.
ResponderEliminarEDUARDO
ResponderEliminarSó posso dizer MUITO OBRIGADO face à gentileza do seu comentário.
Infelizmente uma triste realidade de muita gente, a solidão e isolamento aqui muito bem retratada.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim-de-semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Desculpa, Amigo, mas não vejo só isolamento, não vejo apenas solidão, não vejo, sequer, abandono.
ResponderEliminarVejo amargura, vejo tristeza - aquele olhar, a posição das mãos, o garfo enfiado na gabardine - (aumentei muito a imagem, sim!) - vi tudo isso em pormenor e o que fica, João, o que fica é a imagem da tristeza personificada. Tudo isto são sinónimos? Perdoar-me-ás, mas não, não são!
Belíssima fotografia, esta!
Muito sinceramente, um grande, grande OBRIGADA por mais esta bela partilha.
Um grande beijinho, Amigo.
FRANCISCO OLIVEIRA
ResponderEliminarEste ainda tinha o mar por companhia, embora aqui pareça estar a voltar-lhe as costas.
Um mar que conhecia tão bem como as suas próprias mãos.
Um abraço e votos de um feliz Domingo.
GL
ResponderEliminarEu não tinha dado conta do garfo !
Fico muito satisfeito por teres ampliado (significa que estavas mesmo empenhada em analisar esta minha imagem ).
Provavelmente utilizava-o para meter à boca qualquer coisa trazida de casa...
Não morava longe deste sítio.
Tens toda razão : há AMARGURA, há TRISTEZA...
Adivinharia ele que o seu fim não demoraria muito ?
Um beijo gratíssimo pelo teu comentário desejo-te um bom Domingo ( mesmo que o bom tempo não surja ).
e pensar que há gente que vive sempre nessa profundidade.
ResponderEliminarBEA
ResponderEliminarInfelizmente é verdade !
E há familiares que querem ignorar !
Um beijo amigo.
... entre silêncios de passado e presente ... ( que grande foto p&b ... )
ResponderEliminarRASURAS
ResponderEliminarE para mim o seu comentário é um ENORME E VALIOSO ELOGIO !
Um grande abraço muito grato.
Um olhar teu, assertivo,no descanso do guerreiro!
ResponderEliminarMil bjnhs
LUÍSA
ResponderEliminarUm guerreiro já fatigado da vida.
Um beijo amigo.
Este senhor não é o Lobo do Mar?
ResponderEliminarNinguém sabe retirar das palavras, tudo o que elas têm para dar, como a Agustina Bessa Luís.
Do mesmo modo, nesta fotografia foi tudo aproveitado, e muito bem, até ao mais infímo pormenor. Curiosamente nada nela me transmite sentimentos negativos, não sei se por causa da Agustina, que sabe da inevitabilidade de um tempo para além do tempo, ou se por ter quase a certeza que este é "O Lobo do Mar"e assim sendo, um homem que nunca estará só...isolado talvez, mas nunca só, pois terá sempre as marés por companhia.
E nós, mesmo sabendo que a luta com a vida está sempre perdida, teimamos em ser gente por entre a pedra fria dos dias.
Está fantástica!
ResponderEliminarEu acho que a solidão às vezes é uma opção. Há pessoas que se habituam a ela e não sabem viver de outra maneira.
Continuação de bom domingo:)
A excelência numa Foto !
ResponderEliminarCansado da vida... frustrado mesmo, sonhador que foi de sonhos não realizados... parece perguntar-se... valeu a pena o que fiz, a que me dediquei ?
Não obstante o desalento, a solidão de alma... a fronte continua digna e talvez continue pensando...resta-me sobreviver... aproveitar esta luz que me envolve e aquece, este chão que piso e me conhece e... olhar e ouvir o mar como sempre...
Em fase de balanço à vida, como tanta gente, independentemente das circunstâncias...
L. REIS
ResponderEliminarO rosto é inesquecível !...
O verdadeiro sentimento que para mim ele revela é o do conformismo face à realidade da vida ter um fim.
Não aguardo com ansiedade esse momento, em que entre tábuas, as pedras frias me acolherão.
BjKa.
ISABEL
ResponderEliminarMuito obrigado pelo teu comentário, Isabel.
Antigamente, eu precisava de viver permanentemente no meio de muita gente.
Agora, todavia, tal circunstância muito me fatiga.
A blogosfera não me fatiga, pelo contrário.
Um beijo amigo.
MARIA MANUELA
ResponderEliminarSou obrigado a salientar a tua análise, face à minha total concordância com cada palavra tua :
Cansado da vida... frustrado mesmo, sonhador que foi de sonhos não realizados... parece perguntar-se... valeu a pena o que fiz, a que me dediquei ?
Não obstante o desalento, a solidão de alma... a fronte continua digna e talvez continue pensando...resta-me sobreviver... aproveitar esta luz que me envolve e aquece, este chão que piso e me conhece e... olhar e ouvir o mar como sempre...
Em fase de balanço à vida, como tanta gente, independentemente das circunstâncias...
Um beijo muito agradecido e igualmente amigo.
Uma fotografia que resulta muito bem, principalmente devido ao formato panorâmico que lhe deu.
ResponderEliminarA proporcionalidade do enquadramento, com todo o espaço negativo do lado esquerdo, foi uma aposta ganha.
Belo trabalho!
REMUS
ResponderEliminarNão posso deixar de muito agradecer o comentário analítico que esta imagem lhe mereceu.
Bom feriado e um abraço.
Em breve deixarei uma imagem sobre o tema solidão, lá no meu canto... mas em nada que se pareça com esta... que retrata a mesma, de uma forma notável!
ResponderEliminarUma perspectiva belíssima... com a luz acariciando o rosto... de alguém, que parece ter conhecido, o lado menos doce da vida...
Belíssimo trabalho, João!
Deixo um beijinho!... E amanhã estarei de volta, por aqui, vendo os restantes posts, que se me escaparam, nas últimas semanas!
Ana
ANA FREIRE
ResponderEliminarNo género, é uma das minhas preferidas !
Aguardarei por essa postarem, então !
Um beijo e mil vezes obrigado.