© João Menéres
AMOR E SEU TEMPO
Amor é privilégio de maduros
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.
estendidos na mais estreita cama,
que se torna a mais larga e mais relvosa,
roçando, em cada poro, o céu do corpo.
É isto, amor: o ganho não previsto,
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe
o prêmio subterrâneo e coruscante,
leitura de relâmpago cifrado,
que, decifrado, nada mais existe
valendo a pena e o preço do terrestre,
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.
salvo o minuto de ouro no relógio
minúsculo, vibrando no crepúsculo.
Amor é o que se aprende no limite,
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.
depois de se arquivar toda a ciência
herdada, ouvida. Amor começa tarde.
( Drummond de Andrade )
Quantos sinos!
ResponderEliminarNa verdade, são muitos, Eduardo...
ResponderEliminarE variam de tamanho !...
Magnífico! Fotografia e poema! Belo conjunto!
ResponderEliminarBeijinho amigo! :-)
SANDRA
ResponderEliminarObrigado.O do Vinicius é melhor e talvez se adequasse melhor.
Mas como é demasiado conhecido, optei por este.
Hoje o frio e o vento continuam.
Preciso de um tempo mais ameno para me aventurar à cata.
( Não capto o RTL 4... ).
Um beijo grande.
Carlos Drummond de Andrade é um poeta a sério.
ResponderEliminarBEA
ResponderEliminarUm dos meus favoritos sem dúvida.
Um beijo.
Muito Belo !
ResponderEliminarO ouro do Relógio sol de Bremen; o ouro do Poema de Drummond !!
Beijinhos e parabéns pela magnífica ligação !!!
Sem dúvida um belo relógio. Muito bem cuidado e estimado.
ResponderEliminarAté os vidros estão imaculadamente limpos...
Brilhante, este texto e a foto, maravilhosa e bem selecionada!
ResponderEliminarbeijinho
MARIA MANUELA
ResponderEliminarFoi exactamente pelo ouro que escolhi este do Drummond.
A Alemanha é um dos países que sabe cuidar do seu património.
Um beijo amigo.
REMUS
ResponderEliminarE chovia...
Um abraço.
GRAÇA
ResponderEliminarPoesia de Drummond não é frágil.
Requer leitura concentrada.
Ainda bem que também a aprecias.
Beijo amigo.
Belo poema, acompanhado de uma maravilhosa imagem. Um relógio atraente, deslumbrante!
ResponderEliminarAbraço
RUI PIRES
ResponderEliminarÉ mesmo !
Além de belo jardim, no Palácio estão dois museus.
Um da Ciência. Outro da Porcelana.
À saída é que vi bem o relógio.
Um abraço.
... tarde tão tarde ... que se fez noite ... cujo luar espera pelo repicar dos sinos ... ah! mas se houver luar e se o repicar soar ... então nunca é tarde, nunca é tarde ...
ResponderEliminarRASURAS
ResponderEliminarApreciei a veia e a artéria, isto é, a dupla mensagem contida em duas linhas, sendo uma apontada ao tempo e a outra ao amor.
Grande e amigo abraço.
É verdade! Amor começa tarde...
ResponderEliminarE quantas pessoas nascem e morrem, sem verdadeiramente saberem o que isso é... a descoberta de toda uma vida!
Um enquadramento perfeito e impecável, João!
E os detalhes da fachada... uma delícia, para nos perdermos neles...
Poema e imagem, numa harmoniosa conjugação!
Beijinhos!!! Boa semana!
Ana
ANA
ResponderEliminarAlguns até passam por ele e o não sentem...
Outros, porém, bem podem sentir o que SILVA GAIO, no
AUSÊNCIA, escreveu :
Desde que, por não te ver,
Vejo em tudo...noite escura,
Resta-me só a ventura
De duvidar em dizer :
- Qual mais custa : se a tristeza
Dum adeus amargurado,
Se a dura e firme certeza
De estar penando a teu lado.
Agradeço-te quanto dizes,Ana.
Fica o beijo sem tempo rotulado.
Adorei esta Ausência... tão presente por aqui, de Silva Gaio, que desconhecia!
ResponderEliminarGrata pela partilha, João!
Beijinhos
Ana
ANA
ResponderEliminarAinda bem que te levei uma novidade pela mente do Silva Gaio !
Mereces mais, muito mais !
Um beijo amigo.