© João Menéres
Até ao século XVIII, a colónia britânica do Porto procedia aos enterramentos na margem do rio Douro, com a maré baixa. Depois de muitas negociações, em 1788, o cônsul John Whitehead conseguiu adquirir um terreno para a construção de um cemitério digno, com a condição de possuir uma cerca com altos muros. No entanto, só a partir dos anos 20 do século XIX recebeu os seus primeiros monumentos. Cemitério de cariz romântico, tem entre os seus ocupantes muitas das conhecidas famílias estrangeiras ligadas ao comércio do Vinho do Porto. Destacam-se os mausoléus de Eduardo Moser, do cônsul John Whitehead, de Feuherheard, Kebe, Jebb e Brindle e as pequenas estelas do barão de Forrester e da família Katzenstein.
( Maria José Ferreira )
HÁ MUITOS ANOS QUE DESEJAVA
CONHECER ESTE CEMITÉRIO.
FINALMENTE, EXACTAMENTE HÁ UM MÊS,
ATRAVÉS DO CNC / DELEGAÇÃO NORTE DO
CENTRO NACIONAL DE CULTURA
SURGIU ESSA OPORTUNIDADE TÃO ESPERADA.
RECEBIDA A COMITIVA POR MR. RICHARD DELAFORCE
E PELO ARQUEÓLOGO DR. SÉRGIO COELHO,
AMBOS DE UMA SIMPATIA EXTREMA,
FORAM-NOS REFERIDOS DIVERSOS
EPISÓDIOS DIRECTAMENTE LIGADOS
À HISTÓRIA DA CIDADE DO PORTO.
HÁ MUITOS ANOS QUE DESEJAVA
CONHECER ESTE CEMITÉRIO.
FINALMENTE, EXACTAMENTE HÁ UM MÊS,
ATRAVÉS DO CNC / DELEGAÇÃO NORTE DO
CENTRO NACIONAL DE CULTURA
SURGIU ESSA OPORTUNIDADE TÃO ESPERADA.
RECEBIDA A COMITIVA POR MR. RICHARD DELAFORCE
E PELO ARQUEÓLOGO DR. SÉRGIO COELHO,
AMBOS DE UMA SIMPATIA EXTREMA,
FORAM-NOS REFERIDOS DIVERSOS
EPISÓDIOS DIRECTAMENTE LIGADOS
À HISTÓRIA DA CIDADE DO PORTO.
© João Menéres
SENDO A INGLATERRA O NOSSO MAIS
ANTIGO ALIADO, PRESTARAM VALIOSO
CONTRIBUTO PARA A DERROTA DAS TROPAS
NAPOLEÓNICAS, COMANDADAS PELO
GENERAL SOULT.
COMO EM TODAS AS GUERRAS,
HOUVE VÍTIMAS A LAMENTAR.
NESTE CEMITÉRIO ENCONTRAM-SE
OS RESTOS MORTAIS DOS
QUE CAIRAM EM SOLO NACIONAL.
© João Menéres
© João Menéres
A LÁPIDE DA FAMÍLIA DO BARÃO DE FORRESTER,
CUJO CORPO AFOGADO NO RIO DOURO,NA VALEIRA,
JAMAIS FOI ENCONTRADO.
© João Menéres
© João Menéres
RICHARD DELAFORCE
NO FINAL DA VISITA FOMOS
OBSEQUIADOS POR UM
SIMPÁTICO BEBERETE.
SENDO A INGLATERRA O NOSSO MAIS
ANTIGO ALIADO, PRESTARAM VALIOSO
CONTRIBUTO PARA A DERROTA DAS TROPAS
NAPOLEÓNICAS, COMANDADAS PELO
GENERAL SOULT.
COMO EM TODAS AS GUERRAS,
HOUVE VÍTIMAS A LAMENTAR.
NESTE CEMITÉRIO ENCONTRAM-SE
OS RESTOS MORTAIS DOS
QUE CAIRAM EM SOLO NACIONAL.
© João Menéres
© João Menéres
A LÁPIDE DA FAMÍLIA DO BARÃO DE FORRESTER,
CUJO CORPO AFOGADO NO RIO DOURO,NA VALEIRA,
JAMAIS FOI ENCONTRADO.
© João Menéres
© João Menéres
São Patrício missionário e bispo na Irlanda . Conhecido como o "Apóstolo da Irlanda", ele é o principal padroeiro da ilha, juntamente com Santos Brigit e Columba .
Quando tinha cerca de 16, foi capturado em sua casa na Grã-Bretanha , e tomado como um escravo para a Irlanda, onde viveu seis anos antes de escapar e regressar à sua família. Depois de se tornar um clérigo, ele voltou para o norte e oeste da Irlanda. Mais tarde na vida, ele serviu como um bispo ordenado, mas pouco se sabe sobre os lugares onde trabalhou. Por volta do século sétimo, ele já passou a ser venerado como o padroeiro da Irlanda.
O Dia de São Patrício é observado em 17 de março, a data de sua morte. É comemorado dentro e fora da Irlanda como um feriado religioso e cultural. Nas dioceses da Irlanda, é tanto uma solenidade e um dia santo de preceito, é também uma celebração da própria Irlanda.
( ESTE É UM DOS BELOS VITRAIS QUE
SE PODE APRECIAR NA IGREJA ).
***
RESTA ACRESCENTAR QUE,
DURANTE O CERCO DO PORTO,
NESTES TERRENOS ( AINDA NÃO MURADOS )
ESTEVE INSTALADA UMA BATERIA
APONTADA PARA A FOZ DO RIO DOURO,
MAIS CONCRETAMENTE PARA A MARGEM
DE VILA NOVA DE GAIA, ONDE TAMBÉM
SE ENCONTRAVAM OS ABSOLUTISTAS
FIEIS A D. MIGUEL E QUE DAQUI FORAM
LANÇADAS BOMBAS EM DEFESA DE D. PEDRO.
***
RESTA ACRESCENTAR QUE,
DURANTE O CERCO DO PORTO,
NESTES TERRENOS ( AINDA NÃO MURADOS )
ESTEVE INSTALADA UMA BATERIA
APONTADA PARA A FOZ DO RIO DOURO,
MAIS CONCRETAMENTE PARA A MARGEM
DE VILA NOVA DE GAIA, ONDE TAMBÉM
SE ENCONTRAVAM OS ABSOLUTISTAS
FIEIS A D. MIGUEL E QUE DAQUI FORAM
LANÇADAS BOMBAS EM DEFESA DE D. PEDRO.
RICHARD DELAFORCE
NO FINAL DA VISITA FOMOS
OBSEQUIADOS POR UM
SIMPÁTICO BEBERETE.
Magnífica reportagem, João Menéres.
ResponderEliminarO local pode ser visitado pelo público em geral?
Desconhecia por completo que existia um cemitério dos ingleses no Porto.
ResponderEliminarGraças a esta reportagem, hoje já fiquei mais culto.
Obrigado pela partilha.
PS: Respondendo à pergunta que deixou na minha fotografia Ruela: Sim. A fotografia foi tirada em Évora. ;-)
Achei interessante, não sabia que existia um cemitério exclusivamente inglês.
ResponderEliminarO vitral é muito lindo.
Para mim, os cemitérios eram todos apenas de relva com uma cruz identificativa de cada pessoa, à semelhança dos cemitérios de homenagem aos soldados mortos na guerra - vi um assim há muitos anos no Luxemburgo e impressionou-me por uma certa beleza - tudo coberto de erva verdinha - e pela simplicidade.
Mesma na última morada há uma certa ostentação.
Enfim, mas isso é um assunto delicado e cada um tem a sua opinião, não é?
Um beijinho :)
Lamentavelmente nunca lá entrei, João Menéres.
ResponderEliminarBoas férias. No Porto está a chover, neste momento.
João,
ResponderEliminarÉ bonito. Também gostava de conhecer.:))
Conhece-se muito da história desses homens através da escolha da sua morada derradeira.
Beijinho. :))
AGOSTINHO
ResponderEliminarA intenção é facilitar as visitas.
Obrigado e um abraço.
REMUS
ResponderEliminarPor ter sido um inculto durante tanto tempo é que eu desejava visitá-lo.
Obrigado pela confirmação quanto à ruela da Cidade-Museu.
Um abraço.
ISABEL
ResponderEliminarComo é dito, estes militares morreram em território nacional.
Alguém terá entendido que os corpos deveriam ficar por cá e como não temos os mesmos hábitos dos ingleses, suponho que construiram um clássico cemitério.
Mesmo assim, há mais "jardim" que nos nossos.
Um beijo e obrigado.
CARLOS ROMÃO
ResponderEliminarObrigado pela visita.
Também eu vi passar anos até ter chegado o momento certo para visitar o Cemitério Inglês.
Quanto à chuva, fico mais descansado quanto ao meu relvado !...
Um abraço.
ANA
ResponderEliminarSobretudo numa visita guiada, como aquela de que eu tive a dita de estar integrado.
Um beijo amigo.
Muito interessante !
ResponderEliminarUm tema bem diferente que nos leva a conhecer melhor a história do Porto... e as raízes do seu vinho... mergulhadas na fleugma inglesa...
Belíssimo, o vitral !
Um beijinho e boas Férias, João !
MARIA MANUELA
ResponderEliminarPenso que este tema merecia uma descrição diferente da habitual.
Agradeço o teu comentário que, como é habitual, está a contento das duas frentes : a lusa e a britânica.
Tenho mesmo estado na praia em FÉRIAS !, isto é, ainda estou a preguiçar !
Um beijo e obrigado ( até sábado à noite ).
Parte da história ricamente ilustrada!
ResponderEliminarA primeira imagem encantou-me!
Beijo querido e continuação de boas férias!
LI
ResponderEliminarTrata-se de um painel "azulejado" ( mas não sei definir o material ) que se encontra logo à entrada, junto da portaria.
Também o achei muito interessante e por isso o incluí nesta postagem.
Os ingleses fazem parte da nossa História.
Não é em vão que são o nosso mais antigo aliado ( mais de seiscentos !...).
Estou muito preguiçoso aqui no Algarve !
Casa/Praia e, par variar, Praia/Casa.
Um ou outro jantar fora...
Dormir na praia e computador em casa.
Ainda não dei nenhum passeata a pé à beira mar, imagina !
Um beijo, Li querida.
Joao, vim matar as saudades.
ResponderEliminarLindamente contada esta bela história. Me fez lembrar que quando o Daniel comecou a aprender a andar de bicicleta fomos treinar no cemitério na nossa cidade que fica bem pertinho de nós. Umlugar onde nao se precisa ter medo e sim respeito. As senhoras que ficavam sentadas nos bancos em dias quentes gostavam de vê-lo a pedalar sua pequena bicicleta por lá. Elas comecavam a contar histórias de quando seus familiares eram vivos e que gostavam de andar de bicicletas.
Um grande abraco
Grande post, grande reportagem. Quem sabe, sabe. Abraço
ResponderEliminarBela reportagem. Um pouco a despropósito, o Beresford também se podia ter afogado.
ResponderEliminarGEORGIA
ResponderEliminarÉ sempre um prazer muito grande ler um comentário teu.
Essa das histórias dos familiares que gostavam de andar de bicicleta no cemitério, como o Daniel, é bem curiosa.
Um beijo amigo ( então este ano não vens a Lagos ? )
ZEKARLOS
ResponderEliminarPassei a saber de facto algo que desconhecia totalmente.
Um abraço e obrigado.
JORGE
ResponderEliminarRefere-se ao Conde de Trancoso ?
Sei pouco acerca desse Beresford que teve muitas intervenções por cá e pelos "Brasis".
Conte a sua história, por favor.
João, eu não gosto de conhecer cemitérios, e só vou a eles quando necessito. Infelizmente sepultar entes queridos. Faz parte da vida.
ResponderEliminarNa universidade na qual faço meu doutorado há uma professora que é especialista em Luto e Perda, que é referência no Brasil no assunto, com muitos livros e artigos publicados no Brasil e em periódicos internacionais. Quando ela viaja uma visita obrigatória é aos cemitérios. Há gosto para tudo.
Beijos
João, aproveita essa tua disposição em não fazer nada e logo depois descansar :)) praia, verão é pra isso!
ResponderEliminarGostei tb do comentário da Geórgia. Gosto destas histórias acontecidas lembradas e contadas. Até consigo imaginar a cena, como num filme.
Gosto de ouvir histórias.
Morei próximo a um cemitério, na mesma rua que minha mãe. Quando a minha Rebeca nasceu minha mãe a levava a passeios no carrinho. Andavam horas pelo cemitério. Como ela sempre disse; havia flores e sossego.
Beijos aos dois!
CAROLINA
ResponderEliminarSão lugares de SAUDADE...
Essa professora tem que conhecer este que aqui apresento, bem como o dos judeus em Praga !
Um beijo, querida Amiga.
LI
ResponderEliminarQualquer dia ( não é para já ! ) apresentarei alguns outros exemplos.
Só não gosto de ver formigas junto das urnas...
Um beijo meu para ti, Li querida.
Quando pequena não gostava de cemitérios. Hoje, percebo como a história se mostra pelos caminhos. Uma bela reportagem,retratando um belo lugar, cheio de história e histórias...
ResponderEliminarJANE GATTI
ResponderEliminarAlguns cemitérios, pelas suas características, realmente, são um verdadeiro repositório de tanta História...
Outros, por sua vez, guardam em si muitas histórias de vidas.
Um beijo, querida Amiga.
Gostei imenso deste post, João. Não conheço este cemitério, mas fiquei muito curiosa. Que interessante! Obrigada por partilhares. Beijinho amigo.
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