© João Menéres
TINHA PROMETIDO AO REMUS
QUE MOSTRARIA A IMAGEM
QUE FIZ DESTE MONUMENTO.
"O monumento, inaugurado na noitada de S. Pedro de 1997, fica sobranceiro à linha de água da enseada, no coração da área portuária e evoca a lota do peixe, sendo protagonizado por um grupo de mulheres em plena actividade. As figuras ficam parcialmente adossadas a uma parede com a qual se fundem, passando do baixo ao pleno relevo.
"O monumento, inaugurado na noitada de S. Pedro de 1997, fica sobranceiro à linha de água da enseada, no coração da área portuária e evoca a lota do peixe, sendo protagonizado por um grupo de mulheres em plena actividade. As figuras ficam parcialmente adossadas a uma parede com a qual se fundem, passando do baixo ao pleno relevo.
Este monumento da autoria de Jaime Azinheira homenageia a mulher poveira. Ela sempre teve lugar preponderante na comunidade piscatória, desenvolvendo actividades decorrentes da pesca, como a venda do peixe e reparação das redes, para além de outras diligências do quotidiano."
Monumentos a maior parte das vezes tem dois momentos: o de sua criação pelo artista responsável, e o da inauguração.
ResponderEliminarHá outros momentos, Eduardo, menos frequentes:
ResponderEliminarAqueles em que ALGUMAS pessoas realmente apreciam a obra !
Eduardo :
ResponderEliminarTive que esperar bastante tempo até não ter ninguém ali !
Agora que vejo, por aqui, o monumento na sua totalidade, é que compreendi, porque é que a perspectiva do Remus, na foto do Pontos de Vista, não poderia ser desviada para a direita... apareceria a parede...
ResponderEliminarUma bela imagem, João, que nos permite apreciar o monumento... e a sua integração na paisagem...
Tudo o que numa obra, integrada numa paisagem implique a construção de paredes... sempre me causa calafrios... porque assim, a obra não se integra, na paisagem, mas antes se destaca dela, pela exclusão... Esta é a minha opinião... mas respeito a opção do artista...
Um excelente trabalho, João!
O texto inscrito na obra... pertence a alguém em especial?... Ou homenagem mesmo da Câmara da Póvoa de Varzim?...
Um abraço
Ana
ANA
ResponderEliminarA parede faz parte integral da escultura. Tem uma inscrição ( de onde, à boa maneira portuguesa, já subtraíram umas letras ! ).
Não fixei esse texto, pois não me foi pedido para o livro que oportunamente citei.
Consegui esta perspectiva, isolando a escultura e não se vendo absolutamente mais nada ( casario da Póvoa, postes, etc. ).
A minha intenção foi fazer adivinhar o mar e não a cidade.
Já não me lembro exactamente de onde extraí o texto, mas julgo ter sido do site da Câmara, no capítulo CULTURA.
Um beijo e muito obrigado.
ANA
ResponderEliminarO texto que está no monumento é do Raul Brandão
( OS PESCADORES ).
Mais um beijo.
Boa tarde,
ResponderEliminarconheço o monumento, penso que o mesmo é digno pela homenagem às mulheres que tanto labutam diariamente pela sua sobrevivência.
Muitas pessoas infelizmente, não valorizam as pessoas com as referidas mulheres.
Abraço
http://momentosagomes-ag.blogspot.pt/
AGOSTINHO ( ? ) GOMES
ResponderEliminarO Raul Brandão salienta a importância e a função das mulheres dos pescadores de uma forma particularmente realista.
Penso que o texto do monumento não se refere às poveiras, mas não localizei ainda no livro.
Um abraço grato.
O monumento até pode estar bem conseguido (volumetricamente), a parede parece um livro e liga bem com as esculturas. As duas esculturas autónomas, principalmente a primeira rasga o azul do céu. Há portanto movimento, contudo, o escultor foi pouco generoso quanto à beleza das caras.
ResponderEliminarGostei muito da foto, o escultor conseguiu expressar a mensagem. Ampliei e li o texto. Já li o livro de Brandão há uns anos.
Continuo a dizer, no entanto que não captou a beleza.
Beijinho. :))
O livro que li tinha esta história "Os pescadores" e a "Morte do Palhaço".
ResponderEliminarBeijinho. :))
Bonita foto... Bonito monumento!
ResponderEliminarAbraço e boa semana!
Óptima foto, João !
ResponderEliminarUma perspectiva que impregna muita força a este monumento !
O recorte, apenas entre o azul e o verde, uma luz fantástica, no ponto certo, e olhando o mar que se sente ali em frente...
Não deve ter sido nada fácil "digo eu"...não sei... esperar aquela luz...
Quanto ao monumento, acho as paredes demasiado altas.
Não esmagarão um pouco o que afinal se pretende exaltar ?
Será proporcional à extensão verde envolvente e esta prolongar-se-á em direcção à praia, sem nada a interceptá-la ?
Conheço o poema de RB. Espero que a realidade já não seja assim...
Beijinhos, João. Parabéns pela foto !
Ah! poveira trigueirinha,
ResponderEliminarque levas a canastra à cabeça,
gritas o pregão da sardinha,
e guardas o dinheirinho na cesta!
Fizeram-te um monumento imponente
De bronze, virado ao mar,
olhas o horizonte esperançosa
do marido que regressa de amainar!
Beijinho de hoje
Aqui está ela!
ResponderEliminar:-)
Quem é mestre, consegue sempre encontrar o melhor ponto de vista das coisas. E como o amigo João é mestre, aqui está o melhor ponto de vista que se pode ter, por forma que valorize e dê destaque a toda escultura.
Como não sou mestre, confesso que este ponto de vista eu não tive a habilidade de encontrar/descobrir.
Parabéns!
ANA ( I e II )
ResponderEliminarNa edição que possuo ( Verbo Clássicos ), no capítulo dedicado às MULHERES, Raul Brandão escreve
A poveira, a bem dizer, é um homem. Feia e rude, pernas como trancas. Já se tem atirado para dentro das lanchas, obrigando os homens a arrostar com o temporal.
Mais adiante escreveu o que está aí no granito.
Talvez o Azinheira tenha querido mostrar este retrato da mulher poveira...
Não conheço a Morte de palhaço...
Um beijo muito grato pela tua atenção, Ana.
RUI PIRES
ResponderEliminarAgradeço muito o seu comentário.
Um abraço com amizade.
MARIA MANUELA
ResponderEliminarObrigado por cada palavra.
Quanto à altura do muro : Não é assim tão alto...
A perspectiva da imagem enganará um tanto.
Mas defende as peixeiras das nortadas ( digo eu, agora...).
Esta é uma das imagens que fiz para o livro que não está à venda ( tenho uma pena imensa, pois o livro é muito bonito...) e que foi patrocinado pelo Casino da Póvoa.
A vida das mulheres dos pescadores não é muito diferente da daquela época...
E continua a haver viúvas a cada naufrágio...
Um beijo muito Amigo.
LUÍSA
ResponderEliminarDevias aproveitar a tua poesia :
Ah! poveira trigueirinha,
que levas a canastra à cabeça,
gritas o pregão da sardinha,
e guardas o dinheirinho na cesta!
Fizeram-te um monumento imponente
De bronze, virado ao mar,
olhas o horizonte esperançosa
do marido que regressa de amainar!
para uma mulher poveira ou para algo semelhante !
Obrigado pelo teu carinho que me soube pela vida.
Um beijo.
REMUS
ResponderEliminarNo primeiro dia em que iniciei o trabalho para o livro, não me agradaram as imagens quando as vi no computador.
Como foi num dia em que caí lá no porto de pesca e me magoei bastante ( embora tenha fotografado até ao pôr do sol... ), tive que voltar lá para fazer uns itens que não me tinha sido possível realizar ( como o campo de masseira, por exemplo ), entendi que era minha obrigação procurar conseguir algo que me agradasse.
Aí está o resultado de quem porfia...
Não sou mestre, caro REMUS !
Considero-me um simples apaixonado por esta arte !
Por isso, logo que me foi possível, dediquei-me a este hobby.
Um grande abraço ( e fico contente por ter gostado ).
João,
ResponderEliminarNão me lembrava desse trecho.
Li o livro que tem os dois contos há uns anos.
Obrigada.
Beijinho. :))
ANA
ResponderEliminarHá sempre coisas que nos passam.
É normal.
Um beijo, querida Ana.
Boa noite, alguem sabe dizer o motivo da peixeira estar a segurar o peixe pelo rabo e não pela relga?
ResponderEliminarObrigado