CREPUSCULAR
Já não são horas, meu Amor...
A hora
passou
em que era grato a gente amar.
É um querer de Irmão este de agora.
Nem a Tarde
é já o cravo rubro de inda há pouco:
é um mermúrio quase...um lírio inexistente
dulcificando as coisas, perfumando-as
de carinhos...
Não é a hora, Amor.
Agora
deixa sorrir em nós a peregrina
ternura da Paisagem.
Não desprendas as mãos
das minhas...
Abandona-as, mas castas como berços...
E beija-me na testa...
Quando a Noite
mansa vier vindo,
Amor, beija de manso a minha testa...
De manso, meu Amor...
Como se o lírio da Tarde se fechasse...
(Sebastião da Gama, 1924-1952, faleceu quando eu tinha 18 anos.
Autor de uma Poesia cheia de candura, traz-nos um Paraíso Perdido Infantil, um lugar de pureza inicial que estaria para além da vida e da própria morte).
A quem não conhece ainda o blogue DIGIT@LPIXEL, fica aqui o convite
para serem seus fieis visitantes.
Olá bom dia amigo!!!
ResponderEliminarAdorei esta imagem magnífica do teu artístico "olhar" registada ao fim da tarde e que ilustra na perfeição o maravilhoso poema de Sebastião da Gama, que não conhecia.
O lindo poema fez-me lembrar um casal que os dois já completaram mais de 86 anos e vivem num Lar onde está a minha "velhinha" ceguinha (a minha mãe).
O amor deles transformou-se numa amizade pura onde não faltam os ternos beijos e raramente "desprendem" as mãos.
Vou contar-te um segredo tive uma vida onde o amor "passou ao lado" o homem com quem casei há 34 anos e do qual fui obrigada a separar-me "para sempre", amava mais outras coisas (que não vou aqui dizer) mas ao olhar "aqueles dois velhinhos" ainda acredito nesse amor eterno.
LINDÍSSIMO. ADOREI!!!
Beijinhos grandes,
Ana Paula
Alguém passou e pintou o horizonte de escarlate, poisou um banco na costa e maravilhou-se a ler Sebastião da Gama!
ResponderEliminarMaravilhoso ambiente para leituras dedicadas ao tempo passado de mão dada! Ao olhar que lê nas entrelinhas! À cumplicidade que marca todos os momentos de uma vida passadaem parceria...
Não apelidaria de "ingenuidade", mas de comunhão!
Algo neste post me fez lembrar a ternura dos 70...os meus pais...
Beijinho terno!
palavras lindas...quasi de meu tempo:) e a imagem como sempre é belissima, e sabe, Joao, me deu vontade de buscar um banco como este por aqui, claro com outras arvores, infelizmente aqui nao ha palmas
ResponderEliminarbeijos enorme
Olhem-me para a cor daquele céu... UAU!
ResponderEliminarFiquei sem palavras...
ResponderEliminarJOÃO, está a sublimar-se, rs cada dia , cada vez mais...
Aquele céu e aquele banco e mais aquele poema... palavras para quê?
é o nosso sublime JOÃO!
Obrigada
Em primeiro lugar essa foto está um esplendor...aquele céu ao fundo em tons de fogo e a cor do banco a condizer não poderia ser melhor!!!
ResponderEliminarE em segundo, o poema escohido para ilustrar este cenário real...lindo! apenas lindo João!
Beijinho para si
Fantástica a expectativa vibrante do banco encarnado.
ResponderEliminarestas árvores lembram-me as do jardim da Foz
ResponderEliminarum beijo
Bela poesia amigo.
ResponderEliminarQuantas palavras lindas e de aconchego encontramos aqui.
O amor beija de manso a minha testa..
Lindo.
Um grande abraço amigo.
Sandra
Querido João,
ResponderEliminarO poema de Sabastião da Gama(que eu não conhecia) comoveu-me imenso. Resta-me esperar, para todos nós, um crepúsculo tão 'quente' como este. Bem haja.
Lindo poema do anoitecer da vida e a foto...perfeita.
ResponderEliminarbeijos
Que contraste magnifico, Joao.
ResponderEliminarA noite e o banco vermelho.
Abracos
No final da tarde desembrulho um sorriso...e fico naquele outro sítio, onde a noite nunca acontece...
ResponderEliminar(Também pelas letrinhas verdes - Obrigada João!!)
ANA
ResponderEliminarFoi o SEBASTIÃO DA GAMA que deu vida a esta imagem
REAL.
Bom...aquele banco vazio de dupla frente, permite muitas divagações !
Pois...
"NÃO É A HORA, AMOR".
TUDO tem a sua hora...
Um beijo e obrigado por tudo.
Esse Alguém pintou o horizonte só para mim naquele dia.
ResponderEliminarAndei à volta do banco, à procura.
Ninguém vi...
No dia seguinte, S.G. chamou por mim.
Eu sabia quem buscava...
Um beijo, minha querida LUÍSA.
MYRA
ResponderEliminarMas há sempre um banco para o nosso coração poisar...
Um beijo.
MENINA DOS MEUS MARES
ResponderEliminarTudo natural na linha do horizonte...
Um beijo.
LÍLIA
ResponderEliminarTinha um palpite que ia resultar, sabes LÍLIA?
Um beijo.
ELLEN
ResponderEliminarObrigado, pelas tuas palavras.
Acima já disse tudo, penso.
Um beijo e obrigado.
Excelente o seu comentário, EXPRESSO DA LINHA !!!
ResponderEliminarTambém eu estava com essa vibrante expectativa !
Um abração.
UM MINUTO
ResponderEliminarCerto. Av.do Brasil...
Um beijo.
João
SANDRA
ResponderEliminarObrigado pelo teu comentário.
O SEBASTIÃO DA GAMA é o único responsável por teres gostado.
Um beijo.
HELENA
ResponderEliminarAinda bem que trago maravilhas menos conhecidas...
Muito obrigado pelas tuas palavras.
É um prazer quando se tem leitores como tu.
Um beijo.
ANGELA
ResponderEliminarDo anoitecer ou do nunca suceder...
Um beijo.
GEORGIA
ResponderEliminarObrigado pelo comentário.
Compreende que não consigo visitar-te as vezes que mereces e que eu gostaria.
Sempre que tal me é possível, lá apareço na SALA DE COSTURA (Em casa dos meus Pais, havia uma para o exclusivo fim da costura. A D.Hemengarda - a quem eu sempre tratei por D.ESPINGARDA, para a arreliar - ia duas tardes por semana.)
Um beijo.
C.SAMPAIO
ResponderEliminarSe rodarmos o banco 90º, temos sempre LUZ, seja a do dia, a das estrelas azuis, a dos candeeiros ou a do amanhecer...
Um beijo iluminado.