© João Menéres
(Fotografia feita de helicóptero)
ESTA GENTE
Esta gente cujo rosto
Às vezes luminoso
E outras vezes tosco
Ora me lembra escravos
Ora me lembra reis
Faz renascer meu gosto
De luta e de combate
Contra o abutre e a cobra
O porco e o milhafre
Pois a gente que tem
O rosto desenhado
Por paciência e fome
É a gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome.
(Sophia de Mello Breyner, in Geografia // Porto 1919 - Lisboa 2004)
Que bom fazer parte dessa gente por um segundo, por um dia, num território, mesmo enquanto ainda dormimos... mesmo quando ninguem se lembra que existimos...um beijo bem do alto a entrar pelas quadriculas e ruas à procura do nosso grifo...[hoje sou a primeira....!]Excelente dia.
ResponderEliminarQuanta telha!!!!
ResponderEliminarUma malha urbana fabulosa. Aquele edificio grande ao meio é a Relação?
ResponderEliminarERUPÇÃO_do_SER
ResponderEliminarE foi uma surpresa, seres a primeira e, com um comentário como este, o prazer que tive foi muito maior.
Um beijo.
Que bela cidade.
ResponderEliminarÈ interessante mesmo ver telhas de barro ao invés de laje. Que bom!
boa semana,
Lina
EDUARDO
ResponderEliminarQuanta telha...
Tem toda a razão. E quanta gente sob cada telhado!
É desta gente que a Sofia se refere.
Gente anónima, quanta dela heroína no seu dia a dia.
Um abraço.
EXPRESSODALINHA
ResponderEliminarO edifício a que se refere é o Paço Episcopal, ao lado da Sé (que propositadamente não mostro...).
A Antiga Cadeia da Relação situa-se para a esquerda e está fora do enquadramento.
Qualquer dia, sou capaz de a postar aqui...
Um abraço.
LINA FARIA
ResponderEliminarEsta imagem mostra o casco histórico da Cidade do Porto. Daí a razão das ruelas estreitas que, muitas delas, aqui nem se adivinham tão próximas estão as fachadas de cada lado da rua.
Quanto às coberturas, em placas de fibrocimento ou outras, tens toda a razão. Basta olhar para o lado direito da imagem e tens uma cobertura dessas que desfeia a vista.
Também há arquitectos pouco sensíveis à harmonia do conjunto...
Um beijo.
As cores quentes das telhas nos fazem pensar no calor humano liberado pelas pessoas a quem elas protegem da chuva...
ResponderEliminarUm grande abraço.
MARIA AUGUSTA
ResponderEliminarPerfeita a comparação.
Apreciei muito o comentário.
Um beijo.
Magnifica imagem da ribeira.
ResponderEliminarBeijos.
SANDRA ROCHA
ResponderEliminarObrigado pelas tuas palavras.
Um beijo.
"Pois a gente que tem
ResponderEliminarO rosto desenhado
Por paciência e fome
É a gente em quem
Um país ocupado
Escreve o seu nome."
QUE INCRIVELMENTE FORTE! E que essa gente continue a ser fotografada por você! E que seus traços e marcas fiquem nessa terra para todos verem e admirarem por todo o tempo que ainda está por vir...
Passando para desejar uma otima semana..
ResponderEliminarAbraços
OLAVO
ResponderEliminarAqui no Norte de Portugal o tempo está fresco e com períodos de chuva.
A verdadeira Primavera ainda não se apresentou...
Não me lembro de outro ano parecido com este...
Obrigado pela visita e pelos desejos formulados.
Vamos a ver o que se arranja.
Um abraço.
Poema lindo adequado à foto...e esta é sensacional...nunca vi tanto telhado com aspecto tão lavadinho :)
ResponderEliminarBjinho João.
Há no meio dos telhados, resquiços de verde em terra plantados!
ResponderEliminarHá um leque alinhado de casas sem lar, e de povo sem casa!
Hé uma imagem eterna de crescimento urbano à volta da zona ribeirinha, que de tão bela, pode ser tua,mas também é minha!
Beijinho terno!
ELLEN
ResponderEliminarQue bom ter quem goste das imagens e das poesias que eu selecciono!
Um beijo.
LUÍSA
ResponderEliminarA zona ribeirinha (ou qualquer outra) é de quem gostar dela, de quem a ame.
Um beijo agradecido.
ALICE SALLES
ResponderEliminarO teu comentário deve ter entrado entre respostas que eu estava a dar.
Daí, não me ter apercebido no momento.
Estou muito grato por teres enaltecido esta postagem!
Um beijo.
Olá João!
ResponderEliminarLindo poema de Sophia!Não o conhecia.
Tenho um convite para ti:
Tens uma aldeia que ficou no teu coração, para toda a vida? Gostarias de partilhar numa blogagem colectiva, postando um texto sobre a "aldeia da minha vida"? Estão tenho um lugar certo para participares! Passa pelo meu blogue das Aldeias Históricas para saberes mais!
PS: O melhor texto terá direito a um fim de semana numa Pousada de Portugal. E mais não digo.
Fico à espera da tua inscrição ( e convida os teus amigos para participar também).
Bjs Susana
João,
ResponderEliminara sensibilidade pela arte da fotografia também está associada à sensibildade de outras artes... e Poemas, é uma parte desse TODO. Daí as suas escolhas na relação foto-poema estarem em tão boa sintonia.E este post já não é o 1º que eu reparo nisso :)
por isso Parabéns.
Combinação genial Mestre! Foto perfeita, poema mais-que-perfeito! Adoro Sophia! Não desfazendo de ti, claro!
ResponderEliminar:)
beijos
Gosto muito da Terra vista do Céu. É tudo muito mais bonito e arrumadinho. E então quando vista por quem sabe olhar...nem se fala.
ResponderEliminarDas palavras da Sophia sempre.
Beijo caído do céu.
SUSANA
ResponderEliminarAinda bem que aqui apresento coisas que nem todos conhecem.
Se eu tenho uma aldeia que me tenha ficado no meu coração ?
-Claro que tenho!!!
Se o prazo não fôr apertado, participarei com a melhor das boas vontades, podes estar certa.
Um beijo e obrigado pelo convite.
ELLEN
ResponderEliminarObrigado de novo.
Um beijo.
MENINA_do_MAR
ResponderEliminarJá receava que pudesses não vir à tona...
E não sabia que adoravas a Sophia. Espero que gostes doutroa Poetas que aqui já postei e doutros que aqui aparecerão...
Tivesse eu mais tempo...
Procurarei não te desiludir, crÊ.
Beijos ao abrigo da chuva que aqui cai.
TINTA AZUL
ResponderEliminarEstá a ser um final de dia em grande!
Levo à conta da Sophia que tudo merece e à beleza desta cidade.
Cheguei a tempo de receber o beijo. Pousei primeiro do que ele (a velha lei da gravidade...) e coloquei as duas mãos em concha para dele nada perder.
Retribuo, mas em terra firme.
Labirintos em siena queimado!
ResponderEliminarLindo!
A poesia harmoniosa com a foto; emocionante!
Parabéns!
Li
LI
ResponderEliminarA hora não era a mais propícia para chegar a uma cor quente, mas disfarça.
O labirinto é bem real.
A poesia da grande Sophia é muito, muito forte.
Obrigado por me transmitires de São Paulo esse teu sentir emocionado.
Um beijo.
João,
ResponderEliminarReproduzi este post, apresentando seu blog, lá no Não Lugar. Veja!
beijo,
Lina
LINA FARIA
ResponderEliminarJá a tinha visto.
Já comentei lá.
Fico com vaidade estar no teu NÃO LUGAR e apanhar todo aquele elogio.
Um beijo de um todo inchado.
Ao Norte de Portugal temos um poeta das lentes,o lente da poesia,fina gente portuguesa!Bravo,João!
ResponderEliminarJoão,
ResponderEliminarsó que lá não tenho essa audiência nos comentários.
Mas ha um bom número de acessos. Gosto mesmo do teu blog.
bj.
Lina
João, tudo parece colocado como num joguinho... arrumado! Lindo!
ResponderEliminarUm grande beijo
CON
NINO BELLIENY
ResponderEliminarA definição que dá é muito elogiosa e, para além disso,
muito bonita de ler e de ouvir.
Vou dizer ao grifo para nos seus voos se encarregar de descobrir esse poeta a que se refere.
Obrigado pela visita.
Um abraço.
LINA FARIA
ResponderEliminarSei que tens uma frequência de muita qualidade no NÃO LUGAR.
E essa elite é verdadeiramente importante.
Mas, acima de tudo, a editora desse blogue é que me enalteceu e muito me honrou.
Amiudadas vezes percorro esse NÃO LUGAR e vejo imagens bem diferentes daquelas que, sem dificuldade, se encontram na maior parte dos blogues que contemplam a Fotografia.
E, as tuas imagens, têm uma raiz social, na sua maioria, e são bem pensadas.
Por isso, fiquei muito orgulhoso da distinção de ti recebida.
Um beijo.
CONCEIÇÃO DUARTE
ResponderEliminarEstou em falta contigo.
Uma falta que te fere.
Luto com uma tremenda falta de tempo para visitar e comentar tantos e tantos blogues de pessoas que diariamente veem até aqui deixar as suas impressões.
Ainda não descobri a receita de soluccionar a contento de todos.
Desculpa, CON.
Um beijo grande.
Está espectacular a foto de helicóptero, parece uma maquete!
ResponderEliminarNão sei se tinha coragem de andar, detesto alturas!
Excelente!
beijinhos
MISSIXTY
ResponderEliminarAs alturas não têm problema nenhum!
O pior é quando se cai ao chão...e isso até no 1º degrau de uma escada ou ao sair do chuveiro...
Bj.
João, teu crédito comigo é enorme. Claro que eu adoraria te ver por lá,,, mas tudo bem! Sei que vc é ocupadíssimo, e eu é quem sou a sua fã !!!!!!!!!!!!! hahahahahahahahahahhah Não vai ficar livre de mim... rssrsrsrr
ResponderEliminarbeijos enrmes e cheios de carinho, CON
CONCEIÇÃO DUARTE
ResponderEliminarTu escreves tão bem e com tanto espírito que eu fico assim sem jeito para comentar os teus textos.
Esta realidade adicionada ao facto de o dia ter só as horas que tem, explica a razão de me não veres por lá.
Mas eu prometo que na próxima semana te farei umas visitas visíveis !
Um beijo pela tua compreensão.
Que lindo ..me lembrou tanto o jogo de tijolinhos da minha infâcia...ficava horas a construir! Lindo demais.Bj
ResponderEliminarVI
ResponderEliminarQue bom teres vindo aqui !
Os tijolinhos ou as casinhas do jogo do Monopólio...
Um beijo.
...já te disse que gosto de viajar nas asas do Grifo?
ResponderEliminarL.REIS
ResponderEliminarE eu já te disse para vires quando quiseres?
Bjs.