© João Menéres
AS RUÍNAS DO MOSTEIRO DE SANTA MARIA DE JÚNIAS
Quem, saído da aldeia de Pitões das Júnias, se dirigir para sul, seguindo a indicação
de uma placa, a vista alcança-o de cima.
A Igreja tem agora um telhado novo.
Tudo o resto está como há trinta e sete anos o conhecemos e que aqui podem ver.
Mas, já em 1533, Edme de Saulieu, abade visitador de Claraval, chegado a Júnias, logo se lamenta por encontrar este convento em ruínas e desertado de frades.
Mas, nos séculos seguintes, foi revivido e repovoado.
Por altura de um Carnaval de mil oitocentos e muitos, uns foliões
levaram "divertimento" e folia para o campo de piromaníaco.
As instalações conventuais arderam sem restrições.
Só a modesta igreja resistiu com galhardia.
O ano de 1147 será o ano provável da sua fundação. Frei Gonçalo Coelho,
com devota fama no mosteiro de Santo Tirso, é nomeado abade de Júnias em 1499.
Logo, junto à fachada sul, corre o Ribeiro do Campesinho (visível na imagem).
Imaginamos que, para além de servir frescas águas, servia bem
para as operações de higiene diária.
Menos de mil metros para poente, situa-se a
Cascata de Pitões, voltada para noroeste.
Para além do muito difícil acesso, a sua exposição solar e
as ramagens que se interpõem, não facilitam a obtenção de uma fotografia.
Como tenho uma feita há meia dúzia de anos, em breve, a mostrarei.
Além da fantástica imagem, muito interessante o texto. Boa postagem!
ResponderEliminarEDUARDO
ResponderEliminarComo sempre, a muita simpatia das suas palavras, que não posso deixar de agradecer pelo prazer que me dão.
Esta imagem, é fresquinha...Tem quatro dias.
Um abraço.
OhO!
ResponderEliminarO que voce faz! (Alem de belas fotos e excelentes textos ). Está me convencendo a voltar à ativa, deixar de ser aposentada (reformada) para poder viajar mais, voos mais altos e longos!
Abraço.
Que bom ver divulgar o nosso património cultural e arquitectónio.
ResponderEliminarBela foto também.
Bela paisagem, muito bonita e bem retratada!Por algum motivo a minhaoto deixou de aparecer, apaecer nos seguidores, aparece só a silueta a dizer spanishwoman2...sabes o que se passa e como tenho de fazer??
ResponderEliminarO meu msm é spanishwoman2@ hotmail.com
João,
ResponderEliminarBelo enquadramento da igreja e ruínas.
É sempre uma alegria ver a divulgação do nosso património.
Um beijo,
Milouska
DONA SRª. URTIGÃO
ResponderEliminarEu já ando por esse céus a voar...
Tire as pantufas e coloque as asas !!!
Beijo.
JORGE C. REIS
ResponderEliminarÉ nossa obrigação, não é?
E especialmente quando temos tantas pessoas ávidas de conhecer melhor ou rever o nosso país...
Aí a MISSIXTY está com um problema nos SEGUIDORES.
Eu sugeri que ela lhe batesse à porta.
Aliás o Google alterou a matriz. Não gosto que alterem sem pré-aviso.
Um abraço.
MISSIXTY
ResponderEliminarLê o que eu digo acima, está bem?
Um beijo e bom fim de semana.
MILOUSKA
ResponderEliminarComo disse ao Eduardo, esta é bem fresca.
E ao Jorge disse que é nossa obrigação divulgar o nosso património (cultural e artístico).
Beijo e obrigado pela visita habitual.
Bom fim de semana.
(Parece que a chuva vai voltar...).
João!Quando me deparo com ruínas,a sua foto é como se estivesse presente à cena,penso que não precisaria ser assim.Só os seres vivos caem em ruínas quando a vida se acaba,mas patrimônios que podem e devem ser conservados não podem ficar desta maneira.
ResponderEliminarInteressante,(para minha cabeça que gosta de "viajar") é o fato da igreja não ter sido abalada pelo incêndio.Qual teria sido o motivo?
Bela foto,embora um pouco triste,até os galhos secos das árvores são visíveis.Você é um mestre!!!
Beijo!Sonia Regina.
SONIA REGINA
ResponderEliminarÉ um gosto imenso colocar imagens e textos no GRIFO PLANANTE e ter sempre pessoas como tu, por exemplo, que olham e voltam a olhar para a imagem, que a analisam tanto quanto ela o permite, que leem o texto e o entendem ou o sentem,
Sou um bafejado pela sorte, pois raro é o dia que eu não tenha MAIS do que dois comentários ao Raio X !
Claro que Portugal é um país com muito poucos recursos.
Houve aquele período em que veio muito ouro do Brasil e esse ouro foi bem aproveitado. Vejam-se os monumentos edificados. Muitos deles são Património Mundial. E mais não são até para não desvalorizar a classificação dos já titulados.
Repare-se para os exemplos de talha dourada que existe de Norte a Sul , de Oeste a Leste de Portugal.
Tudo isso foi o ouro vindo do Brasil que permitiu fazer.
Quando Portugal entrou para a CEE, durante anos, vieram verbas avultadíssimas.
Muito foi aplicado e pode ser visto. Mas valores não menos significativos evaporaram-se.
Agora veio esta crise mundial. Se é grave até para os gigantes económicos, imagina as consequências que não tem num país como este...
E continuamos a ter um estado super pesado, a gastar como nada se passasse.
Mas, quando se corta em algum lado, é logo na Cultura.
Ignoram (pelos vistos) que um País sem Cultura é alguém sem identidade.
Não sei responder à tua pergunta do caso da igreja ter escapado. Admito que estivesse em melhor estado de conservação e, por isso, estivesse mais protegida ou alguém impediu que o fogo a atingisse. Não sei. Há muita documentação da época no Arquivo Provincial de Ourense (Espanha),
pois este de Júnias dependeria do de Ouseira, que lhe fica a uma centena de quilómetros para Norte, para lá da fronteira.
Um beijo e obrigado.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarJoão que foto tão interessante. Parte da história uma Igreja em ruínas. As vezes, nem elas aguentam o tempo... As Guerras, as maldades humanas ou da própria natureza, mas ainda bem que aí está toda a área que a ela pertence e que combina tanto com tudo que ela deixou. E que por muito tempo ficará.
ResponderEliminarJoão que foto tão interessante. Parte da história uma Igreja em ruínas. As vezes, nem elas aguentam o tempo... As Guerras, as maldades humanas ou da própria natureza, mas ainda bem que aí está toda a área que a ela pertence e que combina tanto com tudo que ela deixou. E que por muito tempo ficará.
ResponderEliminarEstive lá há uns 35 anos e era este o estado. Tudo aquilo à volta é natureza em estado puro. Obrigado por recordar e pela história que não sabia.
ResponderEliminarCONCEIÇÃO DUARTE
ResponderEliminarMesmo assim, já viste que ao fim de oitocentos e tais anos e de tantas vicissitudes, "aquilo" ainda resiste?
Num lugar isolado...
Agora, faz-se um prédio e ele pode ruir em dois tempos por má construção...
Um beijo.
Passem bem o week-end.
EXPRESSODALINHA
ResponderEliminarQuase que nos encontrámos nessa altura...
Eu fui lá algumas vezes durante uns dois ou três anos.
Nunca nos teremos cruzado?
Quem sabe...Na altura, eram poucas, muito poucas, as pessoas que iam até lá. Mas eu ia mais no inverno. E de preferência com neve, muita neve. Os telhados de colmo eram todos de branco pintados. Maravilha!
O Jorge, nessa altura, ia no verão, conforme vi numas fotografias aqui há tempos.
Um abraço.
Que vontade de conhecer tudo isso que mostras aqui, João. Tantos locais cheios de história e beleza por todos os lados. Que bom que temos você a nos mostrar tudo isso!
ResponderEliminarJOÃO... ESTA FOTO ESTÁ LINDÍSSIMA,
ResponderEliminarPARABÉNS E OBRIGADA POR NOS FORNECER ESTAS INFORMAÇÕES ACERCA DO NOSSO PATRIMÓNIO. GOSTO MUITO DE HISTÓRIA.
AGORA VAMOS BRINCAR...O GRIFO ANDOU A PLANAR POR AQUELAS BANDAS?
PARECE-ME VÊ-LO LÁ AO LONGE...!!!
EH EH EH .
SABE, É QUE O NOME DO SEU BLOG FAZ-NOS RIR A BOM RIR QUANDO O PRONUNCIAMOS. O MEU MARIDO DESMANCHA-SE A RIR QUANDO EU LHE FALO NO GRIFO PLANANTE.
SÃO MUITO LINDAS ESTAS AMIZADES SÁDIAS
PARABÉNS PELAS SUAS POSTAGENS
BOM FIM DE SEMANA
BEIJINHOS E ABRAÇOS
AUGUSTO LUIS E Mª do CÉU VIEIRA
VOLTO PARA DIZER QUE RIMOS A BOM RIR COM O SEU COMENTÁRIO À DONA Sª URTIGÃO: " EU JÁ ANDO POR ESSES CÉUS A VOAR... TIRE AS PANTUFAS E COLOQUE AS ASAS !!!"
ResponderEliminarOBRIGADA PELA BOA DISPOSIÇÃO QUE NOS PROPORCIONA COM ESTE NOME TÃO ENGRAÇADO
BEIJINHOS
...são lugares que nos trazem ecos do passado e, no silêncio da paisagem, pressentem-se murmúrios de pedra desfiando um rosário de histórias...
ResponderEliminar(Gosto muito especialmente do efeito que aquele telhado novo e "luzidio" conseguiu ao contrastar com os traços de decadência do resto da estrutura)
Era mais no Verão por causa das feiras.
ResponderEliminarJOÃO...ESCREVI "SÁDIAS" EM VEZ DE "SADIAS"...!
ResponderEliminarISTO É QUE EU SOU UMA DESPASSARADA!
O MEU PORTUGUÊS NÃO É O MELHOR, MAS...! QUANDO EU DOU POR ELA CORRIJO, QUANDO NÃO DOU... PACIÊNCIA, FICA COMO ESTÁ!
É QUE EU NÃO SOU FORMADA EM COISA NENHUMA, SÓ TENHO A 6ª CLASSE, POR TAL RAZÃO PERDOEM-ME SE POR ACASO DER ALGUNS ERRITOS.
OBRIGADA
BEIJINHOS
ALICE
ResponderEliminarObrigado pelas tuas palavras e entusiasmo.
Felizmente, há outros blogs portugueses que têm essa preocupação.
Dou alguns exemplos:
.Blog
expressodalinha
Milouska
CÉU VIEIRA
ResponderEliminarÉ verdade, sim.
Tudo dentro do P.N.P.G.
Um dia, na área do Distrito de Vila Real. Concretamente: Pitões das Júnias e Tourém (que possui um forno comunitário).
Um dia na área do Distrito de Braga: Cascata do Arado, Queda de Fradeloa e Fafião.
3º dia, também no Distrito de Braga, mas para o lado ocidental. Queda de Leonte, Estrada de Albergaria (a Jeira Romana, com os seus marcos miliários), albufeira de Vilarinho das Furnas.
Terminámos com almoço em Brufe (onde fiz a fotografia de um varal que mandei já para o VARALDEIDÉIAS) num Restaurante 5* em tudo (implantação, arquitectura, atendimento, qualidade do serviço e uma vista fabulosa cá para baixo).
Querem o nome: ABOCANHADO.
Registem que vale a pena. E a subida da Barragem de Vilarinho para Brufe é feita numa estrada com panorâmicas belíssimas, avistando-se a Calcedónia lá no alto (e onde estive há dois anos atrás).
Quanto ao nome do blog, eu conto tudo no dia 15 de Novembro quando, numa aventura louca, destravei a porta da gaiola e me lancei por aí...
Quanto a qualquer eventual erro de português ou dactilográfico não se preocupe com isso.
Não somos da ASAE...
L.REIS
ResponderEliminarMas olha que andei encosta acima, encosta abaixo...
Mas, entendo que consegui uma boa perspectiva (pelo menos, muito melhor do que obtivera em vezes anteriores...).
Um beijo.
EXPRESSODALINHA
ResponderEliminarATENÇÃO : VOU BRINCAR ! :
Por causa das FÉRIAS ou por causa das FREIRAS ???
(As histórias falam nuns "episódios", que metem o Ribeiro do Campesinho, freiras e frades...)
Feiras. Eu ia muito ao Minho comprar atesanato de barro e depois dava uns passeios. Se fossem freiras também ia, o barro é que era outro!
ResponderEliminarObrigado.Não me lembrei desse pormenor do artesanato...
ResponderEliminarUm abraço.
um lugar bem inóspito onde o vento agora permanece entre as ruínas que o homem algo conformado hoje deixou de se importar... mas revela muito de nós... imagino o trinta e um para lá chegar e fotografar. Deve ter dado imenso gozo ao espirito...
ResponderEliminarQue maravilha estas pedras que resistiram à passagem do tempo e das ações humanas e continuam a nos encher os olhos de beleza. E o texto com a história é enriquecedor, da vontade de ficar contemplando e imaginando estes acontecimentos que se passaram neste lugar.
ResponderEliminarERUPÇÃO_DO_SER
ResponderEliminarChegar lá não foi difícil. Subir foi mais custoso. Estava uma boa temperatura e como eu de inverno tenho frio a mais tinha um bocado de roupa a mais.
Quase deu para transpirar...
A subida não é longa, mas é íngreme.
Mas, como dizes, quando vou fotografar não há canseira que me chegue...
Dia 3, visita-me. Tens aqui aquela postagem que estava para ser há um mês. Ainda te lembras?
Vamos ver como vai sair. Ainda não domino a colocação de muitas imagens e de legendas/comentários.
Um beijo.
MARIA AUGUSTA
ResponderEliminarNão tenho dúvidas !
Há comentários que pelo seu conteúdo valem bem todos os sacrifícios eventualmente tidos para a execução de uma imagem.
Assim, eu vou tecendo o lay-out do rumo para o voo do grifo.
Um beijo.