© João Menéres
AMANHECER NO PICO
Não estejas longe de mim um dia que seja, porque,
porque, não sei dizê-lo, é longo o dia,
e estarei à tua espera como nas estações
quando em algum sítio os comboios adormecerem.
Não te afastes uma hora porque então
nessa hora se juntam as gotas da insónia
e talvez o fumo que anda à procura de casa
venha matar ainda meu coração perdido.
Ai que não se quebre a tua silhueta na areia,
ai que na ausência as tuas pálpebras não voem:
não te vás por um minuto, ó bem-amada,
porque nesse minuto terás ido tão longe
que atravessarei a terra inteira perguntando
se voltarás ou me deixarás morrer.
(Pablo Neruda, in Cem Sonetos de Amor)
Paixão maravilhosa!
ResponderEliminarEspectacular este amanhecer no Pico! Soberba mesmo!
ResponderEliminarEstás a publicar fotos a uma velocidade que não consigo acompanhar! :))
Vem ver a minha fotoreportagem nos bastidores do fantasporto!
beijinhos
João,
ResponderEliminarmais uma das suas lindas e importantes imagens!
Adorei os Açores principalmente a ilha do Pico :)
ResponderEliminarUm bom carnaval João
Uma foto linda com um lindo Neruda. Coisa melhor para eu (re)iniciar meu dia, que não estava como deveria?
ResponderEliminarQue belo amanhecer em terra dos Açores acompanhado do amor de Neruda...
ResponderEliminarUm beijo,
Milouska
Obrigada João, pela escolha tão a dedo, quanto foi a que aí está.
ResponderEliminarNeruda, amor e a natureza vista por você! Incrível!
bj, CON
Poético em tudo, na cor, no lugar, no sentido vivo pulsando em cada tom... LINDISSIMO, JOÃO!
ResponderEliminarBelo o poema e a foto. Abraço açoriano.
ResponderEliminarPablo Neruda a "contracenar" com a esta silhueta de pedra que a lava esculpiu, com um cinzel de fogo e paixão...
ResponderEliminarTem um selo para si, lá no meu blog! :)
ResponderEliminarBeijinho
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarA todos que comentaram tão elogiosamente esta postagem, agradeço muito as palavras que dedicaram.
ResponderEliminar(Estou quase a recuperar da paragem do Carnaval...)
Ler o poema e ver a imagem.
ResponderEliminarÉ como se a natureza tivesse eternizado o corpo da mulher amada deitado sobre a relva, depois dos "Cem sonetos de amor".
Abraços
A foto esta mágica, e o poema combina muito bem com ela. Parabéns!
ResponderEliminarCODINOME BEIJA-FLOR
ResponderEliminarPor haver muitos leitores assim, é que vale a pena uma selecção cuidada das poesias.
Um beijo agradecido
MARIA AUGUSTA
ResponderEliminarClaro que se tem de ter sorte para apanhar algumas ambiências menos frequentes...
Obrigado, minha Amiga.
Um beijo.
Uma bela ilha com certeza! Tudo em sintonia imagem e soneto!
ResponderEliminarGEORGIA
ResponderEliminarDesculpa também aqui o atraso do agradecimento à tua visita e comentário.
Beijo.