NEVOEIRO

© João Menéres

QUANDO ASSIM A ENVOLVES,

NÃO ME ESQUEÇO DOS TEUS AFAGOS

NEM DOS BEIJOS COM QUE ME PERCORRIAS.

ALENTEJO

© João Menéres

PARA ESTA IMAGEM FEITA COM

UM DIFUSOR, ESCOLHEMOS ESTA POESIA :

  

Alentejo

    

A luz que te ilumina,

Terra da cor dos olhos de quem olha!

A paz que se adivinha

Na tua solidão

Que nenhuma mesquinha

Condição

Pode compreender e povoar!

O mistério da tua imensidão

Onde o tempo caminha

Sem chegar!...   

   

Miguel Torga, 1974, in

"Antologia Poética"

XURÊS

© João Menéres

O PEREGRINO MARCELINO LOBATO

© João Menéres

NUMA TARDE DE SETEMBRO DE 1999
VI ESTE PEREGRINO DOS CAMINHOS DE SANTIAGO
A DESCER A RUA DAS CARMELITAS.
QUERIA MUITO FOTOGRAFA-LO E FUI
AO CARRO BUSCAR A CÂMERA.
COMO O TINHA ESTACIONADO NO PARQUE DOS CLÉRIGOS,
QUANDO VOLTEI JÁ NÃO O VI.
DEDUZI QUE ELE IRIA ATÉ À CÂMARA DO PORTO
PARA OBTER O CARIMBO DA SUA PASSAGEM POR ESTA CIDADE.
ENCONTREI CAMINHO E DIRIGI-ME PARA LÁ EM PASSO LESTO.
LÁ CHEGADO, VI-O A SUBIR A AVENIDA DOS ALIADOS, 
SINAL EVIDENTE QUE A CÂMARA ERA O SEU DESTINO.
ESPEREI QUE ELE CHEGASSE PARA LHE PEDIR
LICENÇA PARA O FOTOGRAFAR A QUE LOGO ACEDEU
COM TODA A SIMPATIA E ATÉ MUITO EMPENHO.
CUMPRIDA A MINHA INTENÇÃO, PERGUNTOU-ME ONDE DEVIA
DIRIGIR-SE PARA OBTER O ALMEJADO CARIMBO.
DISSE-LHE QUE ERA NO POSTO DO TURISMO, ALI AO LADO.
ENTREGOU-ME O SEU CARTÃO E PEDIU-ME PARA
LHE ENVIAR UMA FOTOGRAFIA O QUE FIZ
DIAS DEPOIS.
PASSADOS TEMPOS, RECEBI COMO RETRIBUIÇÃO
O LIVRO SOBRE A SUA VIDA ENQUANTO PEREGRINO !

ACOMPANHADO POR VÁRIOS POSTAIS E  NÃO SÓ.

D. MARCELINO LOBATO RESIDE EM LOGROÑO.

ESTA POSTAGEM VEM A PROPÓSITO
DA CASA DAS CONCHAS ( OU VIEIRAS ),
SÍMBOLO DOS PEREGRINOS DE SANTIAGO.

PORQUE HOJE É DOMINGO...

                                                           A   Caixa-correio da loira....

Num domingo, pela manhã, um homem cortava a relva calmamente  quando a sua vizinha, loira boazona, caminhou até à caixa de correio, abriu-a, fechou com força e voltou furiosa para casa. O homem lá continuou a aparar a relva quando, de repente, a loiraça  voltou. Ela caminhou a bufar até à caixa de correio, abriu, fechou, deu um  soco na caixa e voltou para casa com cara de furiosa. Poucos minutos passaram quando ela aparece novamente. Com o andar impaciente, abre a caixa de correio,  bate na caixa,  grita e volta para casa a resmungar. O homem, já bastante curioso com a situação, pergunta: - Algum problema? Ao que ela responde: - Problema é pouco! Aquele sacana do meu computador estúpido  não pára de dizer que a minha caixa de correio está cheia!!!

Fernando Pessoa

© João Menéres

BOTÂNICA

© João Menéres

COM VISTA PRIVILEGIADA !