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terça-feira, 14 de abril de 2009

RELEMBRANDO

Continuo fora !

Um ou outro comentário que possa eventualmente fazer,
será o aproveitar de um acesso pontual  a um computador
e à sua ligação à Net ( o que já sudedeu... e foi um devorar de páginas,
que ninguém pode imaginar!!!).

BEIRA LITORAL

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© João Menéres


LOMBA  DE  ARÕES

Lomba de Arões é uma das aldeias do Concelho de Vale de Cambra.
Situada no cocuruto de um monte, há trinta anos atrás,
 dela podia dizer o grande escritor Ferreira de Castro:  

"Nas noites de luar, quando o grande balão de oiro surge na
 lomba das montanhas, o vale enche-se de magia, dum sortilégio que paira
desde os píncaros longíquos às àguas sussurrantes do Caima.
De manhã é o milagre todos os dias há um milagre de luz 
sobre a terra quando o sol nasce em Vale de Cambra".

Aldeias como esta da Lomba de Arões tinham as suas
casas com telhados de xisto dependuradas
nos socalcos e com uma vista com horizontes infinitos.




segunda-feira, 13 de abril de 2009

AÇORES

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© João Menéres

ILHA DE S. MIGUEL

Sob os meus pés, um extenso tapete verde que já piso há tempos.
Diante dos meus olhos só vejo um mar azul sem limites,
um céu azul, muito azul, que mais azul parece se nuvens brancas há.
E entre este verde tapete e o azul do céu ?
Uma das riquezas dos Açores : as vacas, que todos os dias
nos dão a beber o seu leite e um dia será a sua carne que nos irão dar...

(JM / Abril.09)

domingo, 12 de abril de 2009

DOMINGO DE PÁSCOA

POEMA NO DOMINGO DE PÁSCOA

No domingo de Páscoa
vi um cego a almoçar num restaurante.

Levava o garfo à boca, e entretanto sorria,
candidamente,
como só os cegos sabem sorrir.
Comia frango, e ao servir-se do garfo ora trazia
comida nova, ora coisa nenhuma,
ora tendões, e peles já antes mastigados,
ou tudo junto,
dependurado de qualquer maneira,
sorrindo sempre, candidamente.

Eu então levantei -me e, assim mesmo,
de sapatos castanhos,
calças e casaco da mesma cor,
alto, magro e bastante calvo,
aproximei-me dele
e disse-lhe, imperativamente:
- Abre os olhos !

Que cegueira !
(António Gedeão)

sexta-feira, 10 de abril de 2009

PINTURA

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© photo by João Menéres

FONS VITAE
(Santa Casa da Misericórdia do Porto)

Em tempo de Quaresma, apresentamos uma das mais notáveis
obras do património artístico português e que está exposta
na Sala das Sessões da S. C. M. P.

> Trata-se de um quadro pintado a óleo sobre sete pranchas
aparelhadas de madeira de carvalho, atingindo os
2,10 m de altura e 2,10 m de largura.

O motivo central é o Calvário, com Cristo morto pregado na cruz,
Sua Mãe, à esquerda do observador, e S. João à direita.
A taça, cheia do líquido vermelho violento, é o ponto fulcral
da pintura; os pés do Messias estão no centro geométrico
do quadro, na intercepção das duas diagonais.
Repare-se como esse  X  das linhas de força ganha valores
com o paralelismo volumétrico: numa, os vultos da Senhora e
da Rainha; noutra, os corpos de S. João e do Rei.
Às pessoas de sangue real segue-se o Bispo, depois homens e
 mulheres adultos, todos senhores e burgueses de qualidade.

As formas imediatamente mais marcantes são dois triângulos:
o primeiro formado claramente pelo corpo emaciado de Cristo,ao alto,
e o segundo, invertido em relação àquele, composto pelos 
corpos ajoelhados e afrontados do régio casal.

Ao fundo, há úberes campos verdejantes, águas que correm e
os fecundam, gados que pastam, casario onde vive a gente laboriosa,
frescas ribeiras onde passeiam casais amantíssimos,
imagens duma alegoria evidente à Terra da Promissão
 que o Sacrifício da Cruz permitiu recuperar.

Os Príncipes são seis, e alinhados por idade, a seguir ao Rei D. Manuel  I.
Ao lado de um deles vê-se um chapéu cardinalício.
As duas Princesas, a seguir à Rainha, estão em adoração. <

(Para o texto que acompanha esta obra datada de 1518-1521,
 da Oficina de Bruxelas,  servimo-nos de um texto do Dr.Pedro Dias,
que resumimos ao mínimo aceitável e que procurámos adaptar  sem o desvirtuar. 
Relativamente à qualidade da fotografia que executei,
proponho que a comparem com outras reproduções de qualquer
outro livro ou publicação e atentem em todos os pormenores.
Tenho muito orgulho neste trabalho, podem crer.)


quinta-feira, 9 de abril de 2009

INFORMAÇÃO

A partir de hoje, e por uns dias, não teremos acesso à Net.
Como tal, não estranhem nem a falta dos meus agradecimentos,
nem a falta dos comentários nos blogues que visito habitualmente.
(e mais não visito porque me é de todo impossível).

Continuarei, porém, a postar aqui as imagens.
No regresso, a todos procuraremos dar resposta.

BOA E FELIZ PÁSCOA PARA TODOS.

CASTELOS DE PORTUGAL

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© João Menéres


CASTELO DE CASTRO MARIM

O muro mais antigo do actual castelo remonta
ao século VIII a.C.
Digo mais antigo, porque a ocupação humana no monte do Castelo
data do final da Idade do Bronze !
Depois do séc. V a.C. foi destruído por um abalo sísmico.
Por altura da Invasão Romana da Península Ibérica
a fortificação foi reconstruída.

Mas só com o Rei D. Sancho II (± 1240) e com a sua conquista,
é que Castro Marim conheceu uma importância mais relevante.
Importância que viria a decrescer no reinado de D.Pedro I.
Este castelo viria a desempenhar importante papel
na história dos Templários.

A Reserva Natural confunde-se com o sapal que se estende
ao longo do Rio Guadiana entre Castro Marim e
Vila Real de Santo António.
As salinas são constituídas por viveiros e
marinhas de pequenas dimensões,
com enorme variedade no seu traçado,
o que as torna autênticos labirintos.

E é deste castelo que se pode admirar o curioso reticulado da paisagem.