.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

ÁGUA CORRENDO SOBRE MIM...

© João Menéres




AI  !

O grito deixa no vento
uma sombra de cipreste.

( Deixai-me neste campo
chorando. )

Tudo se perdeu no mundo
Não ficou mais que silêncio.

( Deixai-me neste campo
chorando. )

O horizonte sem luz
está mordido de fogueiras.

( Já vos disse que me deixeis
neste campo
chorando. )

( Poema de Federico Garcia Lorca )



COMENTÁRIOS QUE MERECEM UM POST

A propósito da minha postagem de ontem
Blogger Graça Pereira disse...
Parece suspensa das nuvens...tal como a música, que atravessa os espaços.
_
A minha resposta à Graça é :
Foi exactamente a minha idéia ao fotografar e
depois ao fazer o enquadramento para a postagem !
__

Felizmente, o Grifo Planante é, quase diariamente,
contemplado com comentários que merecem
ser destacados. A todos, e muitos são, que
escrevem com o coração os seus comentários,
o meu mais profundo agradecimento.

15 comentários:

  1. O comentário da Graça é digno de destaque! Soube descrever a imagem com muita sensibilidade. Parabéns!
    Felizmente o Grifo nos presenteia quase diariamente com imagens inspiradoras.
    Beijos aos dois!

    ResponderEliminar
  2. E agora Lorca com a tua imagem...
    Obrigada João!
    Beijos!

    ResponderEliminar
  3. LI ( I e II )

    Minha querida Amiga :

    Prcurarei ser o mais justo e imparcial na escolha dos COMENTÁRIOS QUE MERECEM UM POST
    ( copiando uma das brilhantes do Eduardo ).

    Bem...eu não sou exactamente um cipreste ( árvores muito utilizadas em cemitérios ), mas achei que, mesmo assim, este poema do Lorca ia bem com a imagem.

    Se houver mais comentários, lá mais para diante, poderei explicar melhor.

    Um beijo.

    ResponderEliminar
  4. Lorca era um genio...e voce enquanto a fotografo, para mim tbem é!!!!!! cipreste e tudo que teu olho capta!!!e ainda mais belo voce é meu extraordinario AMIGO!!!

    ResponderEliminar
  5. A imagem, Myra, mostra umas frágeis plantas no leito de um riacho vergadas pelo correr da água.
    Assim, me sinto, na luta com o tempo que me toma de vencido...
    Por isso, considerei que este poema ia bem...


    Um beijooooooooooooooooooooooooooooo

    ResponderEliminar
  6. Já sei, porque li nos comentários, que o que está retratado é «umas frágeis plantas no leito de um riacho vergadas pelo correr da água.».
    Mas quando vi a fotografia, estava convencido que era uma árvore de natal (ainda despedida e sem bolas) virada do avesso.
    :-P

    ResponderEliminar
  7. REMUS

    Obrigado pela atenção prestada.
    Podia dar essa sensação, na verdade...não fossem aquelas ervas que estão no 1º plano ( e não só ).


    Um abraço.

    ResponderEliminar
  8. Belo título para uma belíssima dupla postagem!

    Eu até atrever-me-ia a perguntar, se estas folhas verdes tão lavadas e transparentes, não serão ainda, lágrimas de GARCIA LORCA, "neste campo campo chorando"?!

    Um beijo e obrigada pelas duas maravilhas.

    ''''''''''''''''
    Lindíssima, pela suavidade e sensibilidade, a frase de Graça Pereira, justamente destacada.
    É o que encontro nas histórias maravilhosas, lindamente ilustradas que leio sempre com muito prazer, no seu Zambeziana...
    Muitos Parabéns!

    ResponderEliminar
  9. Bonito poema!
    A foto é interessante atendendo à perspectiva captada, proporcionando este reseultado!
    Abraço

    ResponderEliminar
  10. Lorca é sempre LORCA, e João Menéres um fotógrafo/poeta que sabe, como ninguém, juntar-lhes as suas imagens!
    Muito bela!
    Abraço

    ResponderEliminar
  11. MARIA MANUELA

    O título, como é usual, foi inspiração no momento da preparar a postagem.

    Do Federico não serão...mas podem ser de outros que sintam a poesia verdadeiramente.

    Obrigado por também teres gostado do que escreveu a Graça !

    Um beijo.

    ResponderEliminar
  12. RUI PIRES

    São meros acasos de quem se passeia por locais potencialmente bucólicos.

    Um abraço e grato por esse olhar beirão.

    ResponderEliminar
  13. MARIA

    Para mim, esta imagem tem a ver com alguma sensualidade. Daí a escolher o Lorca foi um abrir e fechar de olhos.
    Ao 3º poema lido, estava este !
    Hesitar, para quê ?...

    Um beijo e muito obrigado pelas palavras.

    ResponderEliminar
  14. JORGE

    Será a concordância da imagem com o poema ?

    Um abraço.

    ResponderEliminar